segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Autoprodução e a redução do custo de energia de segmentos eletrointensivos

O Gesel identifica na autoprodução uma das saídas para redução do custo de energia de segmentos chamados de eletrointensivos - siderurgia, metalurgia, fabricantes de alumínio, entre outros, que são grandes consumidores. O autoprodutor é dispensado do pagamento de alguns encargos que hoje oneram consideravelmente a energia elétrica, como, por exemplo, a CCC, espécie de subsídio que todos pagam no preço do óleo diesel fornecido às termelétricas da Amazônia, que funcionam isoladas (não estão interligadas ao sistema nacional).

De 2003 a 2006, os preços da energia elétrica no mercado livre estiveram camaradas para os eletrointensivos, mas, desde então, ficaram salgados. No ano passado, a produção brasileira de alumínio primário não cresceu (algumas fábricas até fecharam), embora a demanda estivesse fortíssima. No leilão da futura usina hidrelétrica de Belo Monte o governo estipulou uma fatia de 10% de energia para os autoprodutores, que teriam de entrar no empreendimento como investidores.

Mas não se chegou a um acordo favorável sobre as tarifas a serem cobradas e os grandes consumidores acabaram ficando de fora do consórcio vencedor do leilão (agora se negocia uma recomposição entre os sócios). O Gesel sugere que, nos próximos leilões, as autoridades fiquem mais atentas a essa questão e estabeleçam parâmetros para a fixação de tarifas de energia aos grandes consumidores que quiserem participar como autoprodutores nos consórcios que se habilitarem. (O Globo)

Leia também: