quarta-feira, 25 de maio de 2011

Crescimento do consumo de energia elétrica foi baixo em abril, avalia EPE

Rio de Janeiro – Influenciada pelas baixas temperaturas registradas nas regiões Norte, Nordeste e Sul do país e pelo fato de abril passado ter dito número menor de dias faturados em relação a abril de 2010, a taxa de crescimento do consumo de energia elétrica se manteve baixo no mês passado, fechando o período com aumento de demanda de apenas 2,4% em relação a abril do ano passado.

Os dados fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada ontem (24/5) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo a EPE, a demanda por energia fechou os primeiros quatro meses do ano com taxa de crescimento acumulado de 4,1%, enquanto o resultado dos últimos 12 meses (a taxa anualizada) fechou com expansão de 6,2%, em relação a igual período anterior.

A EPE ressaltou que houve crescimento de 8,4% no mercado livre de energia, segmento do setor elétrico no qual se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica com condições livremente negociadas. Esse crescimento representou 26% do mercado total.
O consumo industrial em abril, que também foi baixo, na avaliação da EPE, cresceu 2,9%.

Consumo de energia elétrica aumenta com o crescimento da classe C
Oito milhões de novos consumidores foram incluídos no mercado de energia elétrica entre 2006 e 2008 em decorrência do crescimento econômico e da melhor distribuição de renda da população. A constatação é da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que divulgou a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica de abril, cuja expansão foi de 2,4% sobre o mesmo mês de 2010. Na avaliação da EPE, o aumento da classe C “alterou o perfil de consumo residencial” no Brasil.

Os dados indicam ainda que, nos últimos quatro anos, houve aumento expressivo do número de residências que consomem mais energia. “Por trás dessas mudanças está o crescimento econômico e a melhor distribuição de rendada população, que não só inserem no mercado novos consumidores como aumentam a posse e o uso de equipamentos eletrodomésticos”.

A EPE destaca que dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam o aumento da renda média do trabalhador, acompanhado do recente “fenômeno de ascensão social verificado nos últimos anos, em especial de pessoas das classes D e E para a classe C”. A EPE ressalta no estudo que, de 2005 a 2009, foram incorporadas cerca de 20 milhões de pessoas com renda mensal familiar entre R$ 1.126 e R$ 4.854, o que elevou em 8,4 pontos percentuais (de 41,8% para 50,4%) a participação da classe C na distribuição das classes. (Agência Brasil)
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