O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) apresentou uma baixa na última semana, após duas altas consecutivas. Ainda assim, o indicador continuou bastante próximo da casa dos R$100 em todos os patamares e submercados, estando até acima desse valor em alguns deles. Ainda assim, especialistas acreditam que o indicador tende a ficar acima dos três dígitos até o final da estação seca, previsto para novembro.
"Tivemos um pouco de chuva agora, então pode ser que tenhamos um empurrão para baixo na próxima semana. Mas acreditamos que o indicador deve continuar nesse patamar, de R$100 ou mais", prevê o presidente da Compass Comercializadora, Paulo Mayon, que já foi também presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace).
Mayon lembra que a Compass já alertava com antecedência para a iminência de alta nos preços de curto prazo antes do salto registrado no final de junho, quando o PLD chegou a subir quase 54% em algumas regiões. "Vínhamos mapeando o clima - com o fenômeno La Ninã, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, que pode atrasar as chuvas", explica.
Para Fabiano Fuga, da consultoria Andrade & Canellas, "a tendência é mesmo de alta do PLD para os próximos meses".
Além do fator climático, ele lembra de um aspecto estrutural que influenciou na escalada dos preços no mercado spot. "Tivemos a saída de algumas térmicas que iriam ser implantadas no Nordeste, algo em torno de 1.000MW", aponta o consultor. Os projetos, que estavam atrasados, foram retirados das previsões do ONS, o que levou a uma alta na curva de aversão ao risco daquele subsistema. Com isso, aumenta o despacho térmico e, consequentemente, os preços.
"O que temos, de forma estrutural, é que, com as novas usinas sendo feitas sem reservatórios, o operador começa a despachar mais as térmicas. Quando essas térmicas começam a ser chamadas, o PLD sobe", explica Erik Rego, diretor executivo da consultoria Excelência Energética. "Estamos agora em período seco, quando normalmetne o ONS usa mais térmicas para não aumentar muito o risco no longo prazo. Então o PLD fica acima da média nesse período e só volta a reduzir no final do período chuvoso", conclui Rego. (Jornal da Energia)
"Tivemos um pouco de chuva agora, então pode ser que tenhamos um empurrão para baixo na próxima semana. Mas acreditamos que o indicador deve continuar nesse patamar, de R$100 ou mais", prevê o presidente da Compass Comercializadora, Paulo Mayon, que já foi também presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace).
Mayon lembra que a Compass já alertava com antecedência para a iminência de alta nos preços de curto prazo antes do salto registrado no final de junho, quando o PLD chegou a subir quase 54% em algumas regiões. "Vínhamos mapeando o clima - com o fenômeno La Ninã, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, que pode atrasar as chuvas", explica.
Para Fabiano Fuga, da consultoria Andrade & Canellas, "a tendência é mesmo de alta do PLD para os próximos meses".
Além do fator climático, ele lembra de um aspecto estrutural que influenciou na escalada dos preços no mercado spot. "Tivemos a saída de algumas térmicas que iriam ser implantadas no Nordeste, algo em torno de 1.000MW", aponta o consultor. Os projetos, que estavam atrasados, foram retirados das previsões do ONS, o que levou a uma alta na curva de aversão ao risco daquele subsistema. Com isso, aumenta o despacho térmico e, consequentemente, os preços.
"O que temos, de forma estrutural, é que, com as novas usinas sendo feitas sem reservatórios, o operador começa a despachar mais as térmicas. Quando essas térmicas começam a ser chamadas, o PLD sobe", explica Erik Rego, diretor executivo da consultoria Excelência Energética. "Estamos agora em período seco, quando normalmetne o ONS usa mais térmicas para não aumentar muito o risco no longo prazo. Então o PLD fica acima da média nesse período e só volta a reduzir no final do período chuvoso", conclui Rego. (Jornal da Energia)