Para atender a demanda de energia elétrica dos próximos 20 anos, o Brasil precisa dobrar a capacidade instalada do país, patamar que poderá ser atingido com os 180 mil megawatts (MW) gerados na Amazônia, mesmo considerando que 40% deste território estão em Unidades de Conservação e em terras indígenas.
O futuro potencial amazônico se concentra nas usinas a fio de água de Jirau (3,45 mil MW) e Santo Antonio (3,15 mil MW), em construção no Rio Madeira (RO), além da hidrelétrica de Belo Monte (11,2 mil MW), a ser erguida no Rio Xingu (PA).
“A hidrelétrica é e continua sendo a mais importante fonte de energia para o país e o maior potencial se concentra na Região Norte”, afirmou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, durante palestra no segundo dia do Congresso Brasileiro de Energia, no Rio.
“Hoje as usinas são feitas com menos área de reservatório, o que reduz a capacidade, mas causa menos danos ao meio ambiente”, ressaltou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, também presente ao evento.
Fontes alternativas:
Ventura Filho destacou a importância que fontes alternativas como a bagaço da cana e a energia eólica estão ocupando na matriz energética brasileira. O bagaço é uma fonte que sequer aparece no resto do mundo”, frisou o secretário.
Tolmasquim lembrou ainda que essas duas fontes estão auxiliando na complementação de geração para o Sistema Interligado Nacional (SIN) durante os períodos de seca, embora ainda não sejam suficientes para substituir as termelétricas. (Setorial News)
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