sábado, 7 de maio de 2011

Licença definitiva para Belo Monte sai até junho, diz Lobão

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o governo está "absolutamente confiante" na concessão pelo Ibama da licença ambiental definitiva para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, até o final do primeiro semestre deste ano. O cronograma do governo é de que a usina comece a gerar energia a partir de 2015. 

De acordo com o ministro, para que não ocorra nenhum atraso no cronograma da construção da usina, a liberação da licença definitiva para a obra precisa ser concedida até o final do primeiro semestre de 2011. Ele destacou que o Ibama exigiu mais de 100 condicionantes para dar o aval na construção do empreendimento, e que o governo tem cumprido cada uma delas, "pacientemente". 

Lobão criticou ainda a "opinião pública", que tem acusado a União de "não cuidar dos interesses dos índios da região", nas palavras do ministro. Lobão rebateu as acusações, afirmando que a obra não causará deslocamentos de reservas indígenas e que o governo está ciente das necessidades da população nativa da região. "A despeito disso, prosseguiremos", afirmou. 

Ação coordenada para acelerar Belo Monte 
O governo vai desencadear uma ação coordenada, com vários ministérios, para acelerar as obras da hidrelétrica de Belo Monte. Foi o que ficou decidido na reunião de mais de três horas entre o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada. Segundo Lobão, a usina é prioridade para o futuro energético do país, da qual o governo federal não abre mão. 

"Trata-se de uma energia limpa para evitar que o País lance mão de termelétricas, que produzem energia suja e cara", afirmou o ministro, lembrando que a usina vai produzir 11 mil megawatts, suficientes para substituir várias termelétricas. Ele disse que apresentou à presidente um relatório detalhado sobre as dificuldades que têm retardado as obras da hidrelétrica. Sobre o marco regulatório da mineração, Lobão disse que o tema é prioridade do governo e será implementado o mais rápido possível. As informações são da Agencia Estado.