A formação de um segundo consórcio (Andrade Gutierrez, Neoenergia, Votorantim Energia e Vale) para participar do leilão de Belo Monte (PA) deu à Eletrobrás tranquilidade para se movimentar no tabuleiro de xadrez da disputa pela hidrelétrica. Se persistisse a falta de concorrência ao grupo Odebrecht-Camargo Correa, a estatal seria levada pelo governo a liderar uma segunda aliança, para garantir a competição.
Com isso, acabaria pondo em lados opostos duas de suas controladas - provavelmente, Eletronorte e Furnas. É que o primeiro consórcio certamente reivindicaria um sócio estatal para equilibrar a disputa. Agora, a holding do setor elétrico tem a opção de entrar no projeto se associando diretamente ao vencedor, numa estratégia mais em linha com a gestão do presidente José Antônio Muniz, diz uma fonte do setor. Mais de uma vez, ele já se declarou contrário à concorrência direta entre as subsidiárias.
Um fato novo que pode tirar a estatal da zona de conforto é a entrada na disputa do GDFSuez, de origem francesa. O grupo - sócio de Eletrosul, Chesf e Camargo Corrêa na hidrelétrica de Jirau (RO) - ainda faz mistério sobre a intenção de disputar Belo Monte. Se entrar, pode atrair a estatal e até levá-la a redesenhar os outros dois consórcios.
É que o acesso a crédito do gigante estrangeiro poderia tirar competitividade dos locais. A dúvida é se interessa ao Suez entrar na briga, acirrando a competição num leilão em que vencerá a menor tarifa. [O Globo]
Um fato novo que pode tirar a estatal da zona de conforto é a entrada na disputa do GDFSuez, de origem francesa. O grupo - sócio de Eletrosul, Chesf e Camargo Corrêa na hidrelétrica de Jirau (RO) - ainda faz mistério sobre a intenção de disputar Belo Monte. Se entrar, pode atrair a estatal e até levá-la a redesenhar os outros dois consórcios.
É que o acesso a crédito do gigante estrangeiro poderia tirar competitividade dos locais. A dúvida é se interessa ao Suez entrar na briga, acirrando a competição num leilão em que vencerá a menor tarifa. [O Globo]