O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda do controle acionário da Rede Energia para a Energisa. A decisão foi divulgada ontem no "Diário Oficial da União". A Superintendência Geral do órgão de defesa da concorrência não fez qualquer restrição ao negócio.
A operação consiste na venda, à Energisa, de todas as ações detidas por Jorge Queiroz de Moraes Junior no capital das empresas do Grupo Rede. Sob novo controle, o grupo vai receber investimentos previstos no plano de recuperação judicial. O Cade analisou a concentração de mercado sob vários critérios e concluiu que "em nenhum cenário possível haveria riscos à concorrência no setor". O plano da Energisa precisa agora ser aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Fundado no interior de São Paulo, o Rede controla oito distribuidoras de energia espalhadas pelo país, parte delas comprada durante o processo de privatização, como a Cemat, do Mato Grosso, que foi leiloada em 1997. Com o agravamento da crise financeira do grupo, a Aneel interveio nas oito distribuidoras de Queiroz, que passaram a ser administradas pelos reguladores desde setembro de 2012.
A Energisa, de Minas Gerais, apresentou um plano de recuperação aos credores das cinco holdings do Rede em julho. No início de setembro, o juiz da recuperação judicial aprovou o plano apresentado pela companhia mineira, que propôs pagar as dívidas do grupo com um deságio de 75%. A Energisa venceu o consórcio CPFL - Equatorial, que era visto como favorito na disputa pela aquisição do Rede. (Valor Econômico)
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