segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Depois do Rede, é a vez da Eletrobrás

Encerrada a disputa em torno do Grupo Rede, comprado pela Energisa, o próximo passo no processo de consolidação no setor de distribuição deve ser a venda das seis distribuidoras federalizadas sob a gestão da Eletrobrás. Diante dos recorrentes prejuízos dessas operações e da necessidade de se adequar à perda de R$ 8,75 bilhões em receita anual com a renovação das concessões de geração e transmissão, a Eletrobrás contratou o banco Santander para elaborar um amplo estudo de reestruturação desses ativos.

Segundo o presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, existem quatro opções para a empresa: "Mão vender nada, vender 49%, vender 51% e vender tudo" Ainda que problemáticas, as seis concessionárias da Eletrobrás devem atrair a atenção de players consolidadores no setor de distribuição dado o potencial de crescimento das áreas de concessão. A CPFL Energia e a Equatorial estariam entre as interessadas, ainda mais depois da derrota na disputa pelo Grupo Rede para a Energisa - as duas constituíram consórcio, mas foram excluídas do processo na última assembleia de credores do Rede. 

A Meoenergia também é vista no mercado como outra possível interessada nos ativos da estatal federal.

A Cemig deve ficar fora da disputa. Recentemente, o diretor financeiro da estatal mineira, Luiz Fernando Rolla, ressaltou a dificuldade de extrair sinergias entre os ativos pela distância entre as operações da Eletrobrás, no Norte e Nordeste, e as suas concessões em Minas e no Rio. A Energisa também já declarou publicamente que não deve participar desse processo. (O Estado de S. Paulo)
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