A Eletrobras só deverá finalizar o plano de reorganização societária das empresas do grupo em cerca de um ano e três meses, mas as operações já podem começar a acontecer neste ano.
"As especificações básicas do plano já estão prontas. Nós mandamos para o Conselho de Administração que está analisando e vai ser aprovado na reunião desse mês. No meio do ano que vem, vamos ter o trabalho pronto", disse o presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto, a jornalistas, após reunião da Apimec.
Após a aprovação do Conselho, a empresa levará cerca de três meses para contratar uma consultoria internacional especializada para trabalhar no plano, explicou o executivo.
A reorganização societária das sociedades de propósito específico (SPE) referentes aos projetos de transmissão do Madeira já deve começar a ocorrer em breve. "Nós vamos criar uma única SPE e vamos concentrar essas atuações todas. Isso vai reduzir custos", disse.
A companhia também avalia a criação de uma única SPE para investimentos em novos grandes empreendimentos de transmissão. Mas por enquanto, para os próximos leilões, o modelo de atuação do grupo por meio de suas subsidiárias deve ser mantido para os empreendimentos regionais.
No setor de distribuição de energia, os processos para assumir o controle das distribuidoras estaduais de energia Celg (GO), CERR (RR) e Ceal (AL) continuam, apesar de a Eletrobras também estudar venda de participações nesse segmento.
"Nos três casos, é um modelo em que a Eletrobras entra com as empresas saneadas e ajustadas de tal maneira que entra numa condição boa", disse o presidente.
As companhias ainda têm que concluir pré-requisitos para a Eletrobras entrar no capital. Mas uma vez que a estatal federal assuma o controle dessas empresas, estas também poderão ser consideradas no plano de reestruturação societária do grupo.
A Eletrobras estuda também unir operações da Eletrosul e da CGTEE. A primeira atua principalmente em transmissão e geração de energia, incluindo eólicas. Já a CGTEE, entre outras atividades, tem térmicas a carvão.
A Eletrobras estuda não renovar as concessões das térmicas a carvão São Jerônimo, da fase A de Candiota e da usina Nutepa. Candiota Fase B deve ser remodelada, com possibilidade de aumentar a capacidade de geração de energia de cerca de 200 megawatts para 350 MW. Candiota Fase C é uma usina nova que será mantida pela Eletrobras. (Folha de S. Paulo)
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