sexta-feira, 26 de abril de 2013

Eletrobras planeja gastar R$ 2 bi no plano de demissões

A Eletrobras planeja desembolsar cerca de R$ 2 bilhões nos próximos três anos com o programa de desligamento voluntário (PDV), que será lançado em breve, dentro do plano diretor da companhia, cuja meta é alcançar uma redução de custos de 30% no período. Segundo o diretor de administração da estatal, Miguel Colasuonno, a empresa já recebeu o aval do Ministério de Minas e Energia para a abertura das inscrições ao programa. 

A expectativa do diretor é que até o fim de maio a empresa já tenha uma ideia mais clara do número de funcionários que vão aderir à iniciativa. A estimativa inicial é que o programa alcance entre 20% e 25% do total de 28 mil funcionários do grupo, de acordo com Colasuonno. 

"Serão três anos para que esse processo seja feito. Será um processo muito cuidadoso porque vamos treinar pessoas novas que ainda não estão nessas posições", afirmou o diretor, que participou ontem da assinatura de memorando de entendimentos com a R20, ONG criada pelo ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, na recém-inaugurada unidade da Fundação Dom Cabral, no Rio de Janeiro. 

O acordo prevê a troca de experiências em projetos de eficiência energética e de fontes renováveis de energia. As medidas têm foco em smart grid (redes inteligentes), uso de tecnologia LED na iluminação pública e geração de energia a biogás. 

"O setor privado e acadêmico e os governos municipais e estaduais devem buscar progressos em sustentabilidade ambiental sem esperar algum tratado internacional ou decisão federal para fazê-los", disse Schwarzenegger. 

A R20 assinou memorandos semelhantes com outras instituições e prefeituras. Todos os acordos são voltados para iniciativas de desenvolvimento sustentável. 

Presente ao evento, o diretor de distribuição da Eletrobras, Marco Aurélio Madureira, afirmou que a aquisição de 51% de participação das distribuidoras CERR (Roraima) e CEA (Amapá), atualmente controladas pelos respectivos governos estaduais, não será fechada este ano. 

A operação será feita nos moldes do processo de aquisição de 51% da Celg, de Goiás, que deve ser concluído em meados deste ano, de acordo com previsão da Eletrobras. Segundo Madureira, a Caixa Econômica Federal deve liberar empréstimo para os governos do Amapá e Roraima, que deverão usar os recursos para sanear as empresas, em troca da transferência de participação e do controle para a Eletrobras. (Valor Econômico)
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