segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Líder petista admite preocupação do governo em evitar grandes alterações na MP 579

O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), confirmou, que há preocupação do governo em manter a essência da Medida Provisória 579, na versão final do substitutivo que o Congresso deverá votar até novembro deste ano, o deputado disse que não recebeu nenhuma recomendação especial do Palácio do Planalto e ainda não teve oportunidade de conversar com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "A gente vai começar a trabalhar a partir da semana que vem", revelou o parlamentar.

Tatto e Calheiros deverão ser confirmados na próxima terça-feira, 16, como presidente e relator da comissão mista especial que vai analisar a MP. Lançada no dia 11 de setembro pela presidenta Dilma Rousseff, a medida provisória estabelece as condições para a renovação das concessões do setor elétrico com vencimento até 2017 e prevê a redução da tarifa e dos encargos setoriais que oneram o custo da energia elétrica no país.

A indicação do senador peemedebista para a relatoria da matéria foi confirmada pela assessoria de Calheiros, que descartou nesta quinta-feira qualquer alteração no acordo entre os dois maiores partidos no Congresso - o PT e o PMDB. O assessor Weiller Diniz informou que o senador já começou a trabalhar na análise da MP e desmentiu boatos de que o parlamentar pudesse ser substituído pelo senador Armando Monteiro (PTB), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria.

A assessoria de Monteiro também garantiu que o parlamentar não fez nenhuma gestão nesse sentido. Mas acrescentou que ele estaria disposto a aceitar uma eventual indicação, caso a liderança de seu partido assim decidisse. A MP 579 recebeu 431 emendas de parlamentares (Canal Energia)
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