A geração de energia solar centralizada (em projetos de maior porte para venda na rede ) ainda é economicamente inviável no Brasil. Mas a geração distribuída, ou seja, gerada pelo consumidor residencial para uso próprio e venda dos excedentes, já começará a se tornar competitiva . Essas são algumas das conclusões de um estudo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre as perspectivas da energia solar no Brasil. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o estudo já foi entregue ao Ministério de Minas e Energia, e tem como subsidiar o governo para o desenvolvimento dessa energia no país.
-Na distribuída (consumidor residencial gerando energia solar) vai começar a ser competitiva. Agora, para ampliar teria que ter incentivos ou aguardar um pouco os preços caírem - destacou Tolmasquim.
Na geração distribuída o consumidor residencial instala os equipamentos para geração de energia solar com os painéis fotovoltaicos e o medidor bidirecional (que mede a energia recebida pela rede elétrica e a geração de energia solar). Com a geração própria, o consumidor terá uma redução conta de luz.
A instalação do sistema solar custa cerca de R$ 38 mil para uma geração de 5 quilowatts médios (KW), suficientes para atender um consumo médio de 550 KWh/mês, equivalente a um gasto de uma família de quatro pessoas. O retorno do investimento é estimado em 20 anos.
Segundo a EPE, o custo médio dessa energia solar é da ordem de R$ 602 por megawatt hora (MWh). Com a concessão de vários incentivos fiscais e financiamentos, o custo da geração solar pode cair para até R$ 409 o KWh, atingindo a cerca de 98% do consumo residencial nacional.
Já a geração em projetos de maior escala para venda no mercado s não é competitiva no curto prazo. O custo dessa energia é da ordem de R$ 405 o MWh, que com a concessão de incentivos poderia cair no máximo para R$ 300 o MWh, acima da média de R$ 150 dos outros tipos de energia. (O Globo)
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