Critérios sobre acordos bilaterais nos leilões de novas usinas estão em audiência
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu na última terça-feira (17/04) aprovar a segunda fase da Audiência Pública nº 81/2011 para receber contribuições referentes à definição dos critérios para realização de acordos bilaterais (entre geradoras e distribuidoras) em leilões de novos empreendimentos de geração. A audiência iniciada ontem (19/04) poderá receber contribuições até o dia 30 de abril. A proposta da Agência prevê que os Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs - poderão ser suspensos, adiados, reduzidos ou rescindidos, desde que haja previsão nos acordos bilaterais firmados entre os agentes.Os interessados em contribuir com a segunda fase da audiência podem enviar as sugestões para o e-mail ap081_2011_fase2@aneel.gov.br, pelo fax (61) 2192-8839 ou para o endereço da ANEEL, na SGAN, Quadra 603, Módulo I, Térreo, Protocolo Geral, CEP: 70830-030, em Brasília (DF). (Clic Aneel)
Governo poderá entrar na negociação de greve de trabalhadores em Belo Monte
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, sinalizou ontem (19) que o governo poderá entrar na negociação com os trabalhadores da Usina de Belo Monte, para evitar a greve anunciada para a próxima segunda-feira (23). “Estão anunciando para segunda, até lá temos tempo para conversar”, disse Carvalho. Questionado se o governo vai entrar na negociação com os trabalhadores, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, respondeu que “o governo negocia permanentemente”. “Sempre temos preocupação com a construção de nossas hidrelétricas, mas vamos negociando e vencendo os problemas que existem.” Os trabalhadores de Belo Monte, reunidos em assembleia, decidiram no começo da noite de (18) paralisar suas atividades a partir da próxima segunda-feira, após cumprir prazo legal de 48 horas. Lobão voltou a ressaltar a importância da construção da hidrelétrica. “Belo Monte vai produzir energia suficiente para abastecer 40% de todas as residências do Brasil. Ou nós construímos hidrelétricas, ou vamos ter que construir térmicas poluentes e por preço mais alto.” (Agência Brasil)
Eletrobras prevê concluir aquisição do controle da Celg no segundo semestre
A Eletrobras espera concluir no segundo semestre deste ano a aquisição de 51% da Celg Distribuição, que pertence ao governo de Goiás. Segundo o diretor financeiro da estatal federal, Amando Casado, a demora acontece pelo alto endividamento da empresa, próximo de R$6 bilhões, que será quitado com um financiamento da Caixa Econômica Federal e acordos junto ao Estado. Com o aporte da Caixa, a Celg-D irá quitar dívidas setoriais e poderá, com isso, reajustar suas tarifas, que estão bloqueadas devido à inadimplência. Segundo Casado, "nos próximos dias" será criado um Conselho de Administração para a empresa goiana - que terá como missão eleger, com o apoio de uma companhia headhunter, a diretoria executiva. "Eles (os diretores) vão receber o acordo de gestão e o acordo de acionistas para poder trazer a empresa para os patamares de eficiência que buscamos", afirmou Casado.
Eletrobras admite assumir controle da CEA, mas diz que não vai salvar o Grupo Rede sozinha
O presidente da Eletrobras, José da Costa Neto, admitiu que a empresa deve assumir o controle da estatal de energia do Amapá, a CEA, até o final do ano, logo após tomar o comando da Celg, de Goiás. Mas negou a intenção de protagonizar também o socorro ao Grupo Rede, que controla nove distribuidoras no País e enfrenta dificuldades financeiras. Uma dessas concessionárias, a Celpa, entrou com um pedido de recuperação judicial no final de fevereiro. Embora negue a possibilidade de assumir a Celpa, a Eletrobras já possui 34% da empresa e pode vir a participar de um processo de reestruturação dessa e de outras empresas do Grupo Rede. “A Eletrobras pode ser parte da solução, mas não vai ser a responsável por tudo”, assegurou Costa Neto, para quem uma eventual operação dessas precisaria também de outros atores. Ainda sobre distribuição, o executivo destacou que as empresas da Eletrobras no setor continuam com prejuízos, mas obtiveram melhorias em relação aos números de 2010. “Vamos melhorar esse desempenho ano a ano investindo na redução das perdas comerciais, da inadimplência, dos custos operacionais e das multas e penalidades que recebemos por problemas na distribuição”, afirmou. (Jornal da Energia)
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