Distribuidoras como Cemig e a AES Eletropaulo estão com projetos piloto para testar a utilização de medidores inteligentes nas residências. De acordo com as empresas, a tecnologia possibilita a oferta de vantagens como melhor controle do consumo, possibilidade de pré-pagamento e tarifas diferenciadas. Por outro lado, o oferecimento de parte destes diferenciais ao consumidor está condicionado à definição, por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de quais especificações o sistema deve atender, para que possa ser implantado em escala.
“Por enquanto, vamos realizar testes junto a estes usuários no sentido de que eles desenvolvam a capacidade de gerir seu próprio consumo”, afirma Daniel Senna, gestor do projeto Cidades do Futuro, da Cemig.
De acordo com a agenda regulatória da Aneel, a avaliação da implantação de medidores inteligentes em unidades de baixa tensão está como um item a passar por audiência pública ainda neste semestre e ser analiasdo e estudado até o final de 2013.
Para Senna, enquanto não há definições, a Cemig usará a experiência para fazer uma avaliação técnica de como funciona a implantação deste sistema, que necessita de uma plataforma de comunicação . Ao todo, a companhia instalará 3,8 mil equipamentos a partir de julho, na cidade de Sete Lagoas (MG).
O gestor conta que além do gerenciamento on-line, o sistema permitirá monitoramento por aparelhos celulares, computadores portáteis e tablets. “Também seria possível uma tarifação sazonal, mas isso só será efetivado com por meio criação de regras”, fala o gestor de projetos. Os aparelhos utilizados pela Cemig serão fornecidos pela Landis+Gyr ,que também proverá a infraestrutura para implantação.
São Paulo - Na capital paulista, a Eletropaulo acaba de implantar medidores nas residência de dois mil clientes no bairro do Ipiranga. Este sistema possibilita que a luz seja ligada ou desligada remotamente, além da leitura online do medidor.
“Poderíamos ofertar tarifas diferenciadas por horas, até gratuidade, mas isso depende da regras que serão determinadas para isso”, confirma Sidney Simonaggio, VP de Operações AES Eletropaulo. Ele conta que aparelhos como esse podem custar até R$ 500, mas que esse preço tende a cair com uma instalação em escala.
A companhia paulista de energia teve a primeira experiência com medidores inteligentes em 2003, quando iniciou a instalação de mais de mil aparelhos em um condomínio em São Paulo. Neste projeto, os consumidores conseguem acompanhar o consumo, além de o pagamento ser pré-pago. Os novos equipamentos, porém, estão mais avançados. “Nessa experiência os aparelhos carregam a inteligência internamente, não tendo um sistema de acompanhamento online”, ressalta Simonaggio. (Jornal da Energia)
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