O Brasil tem mais de 15 mil empresas com um perfil de consumo de energia que pode levá-las ao mercado livre, segundo estudo da gestora e comercializadora Comerc. Tais empresas entrariam como consumidores especiais, que são aqueles que podem atuar no mercado livre com 0,5 MW, desde que consumam de fontes de energia limpas incentivadas pelo governo. Já o consumidor livre tradicional necessita de uma demanda de 3 MW para que possa contratar energia de qualquer gerador.
O mercado livre, de energia convencional e incentivada, tem hoje uma carga de aproximadamente 12,5 mil MW médios, segundo Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc. "Há um montante calculado pela EPE de empresas com demanda acima de 500 kW, de 24,5 mil MW médios de consumo. Existe, portanto, potencialmente, um montante adicional de 12 mil MW médios que poderiam estar no mercado livre, mas são cativos ainda", afirma Vlavianos.
Como a oferta de energia limpa incentivada está abundante e os preços satisfatórios, 2012 deve registrar um aumento da migração, segundo a empresa. Os consumidores especiais costumam ser empresas como shoppings, supermercados, hospitais e hotéis. O governo estuda a possibilidade de reduzir de 3MW para 1 MW o piso para o consumo de energias convencionais no país.
NÚMEROS
12.500 MW médios é a carga do mercado livre
12.000 MW médios poderiam estar no mercado livre, mas permanecem no cativo
0,5 MW caracteriza os consumidores especiais
3 MW é o piso que o governo determina para o consumo de energias convencionais no país
24.500 MW médios é o montante de consumo de empresas com demanda acima de 500 kW (Folha de S. Paulo)
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