sábado, 3 de dezembro de 2011

Para Aneel, usinas que ficaram fora do leilão A-5 participarão em 2012

Três hidrelétricas que ficaram fora do leilão A-5 de geração de energia – para entrega em cinco anos – vão participar de processo igual no ano que vem, de acordo com Nelson Hubner, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

As usinas São Manuel, em Mato Grosso; Riacho Seco, no rio São Francisco (BA/PE); e Uruçuí, no rio Parnaíba (PI/MA), não conseguiram licença ambiental para participar do leilão que será realizado no dia 20.

O atraso na liberação das licenças, segundo Hubner, será resolvido até o final de 2012. “O problema está na relação com os órgãos. Estamos melhorando o nosso trabalho com o Ibama, por exemplo. Eles também trabalham sob pressão. Dois funcionários sofreram processos criminais por causa das usinas de Santo Antônio e Jirau. Isso complica a situação.”

Neste ano apenas duas de dez hidrelétricas cadastradas conseguiram licenças ambientais prévias para participar da disputa de concessões de energia. Como as duas são as menores em capacidade de geração energética – podem produzir 6% dos 2.160 megawatts (MW) do total – espera-se que em 2012 mais usinas entrem no leilão.
“Continuamos trabalhando para conseguir as licenças que faltam. Com certeza elas devem sair no ano que vem”, disse Hubner.


Lobão: Brasil precisa elevar geração de energia elétrica em 5% ao ano
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a geração de energia elétrica adicional prevista com a construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA), representa 40% do consumo das residências brasileiras. O país, segundo ele, precisa elevar sua capacidade de geração de energia elétrica em 5% a cada ano.

“Quando perguntam por que o governo quer construir Belo Monte, eu devolvo a pergunta. Por que não querem, se ela só tem qualidades?”, questionou ao participar do programa de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Bom Dia Ministro.

Outro dado ressaltado pelo ministro se refere à remoção de cinco mil famílias que vivem em “estado de pobreza” e que receberão novas habitações e estruturas com serviços de saúde, educação e segurança. As “condicionantes prévias” consumirão R$ 500 milhões, que serão aplicados nos municípios mais próximos da área de construção da usina. Segundo ele, os índios que vivem mais proximos da área do reservatório estão a 32 quilômetros de distância.

Durante o programa, o ministro respondeu a inúmeras perguntas sobre os impactos da usina na região do Pará. Lobão argumentou que, caso Belo Monte não fosse construído, seria necessário a instalação de inúmeras termelétricas que geram energia a carvão e óleo diesel, que são “altamente caras e poluentes”.

Lobão afirmou ainda que o projeto de Belo Monte é estudado há 40 anos. A evolução das análises feitas neste período reduziu a área que será alagada na formação do reservatório de 1.000 quilômetros quadrados para 500 quilômetros quadrados. (Valor Online)

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