Distribuidoras dizem que esse será o resultado final depois de um ano de discussões com a agência reguladora
Setor afirma que corte vai ser pequeno e que nova estrutura tarifária pode resultar em piora do serviço para clientes
A conta de luz dos consumidores terá uma redução média de 2,4% a partir de 2012, depois de as 63 distribuidoras do país passarem pela terceira revisão de suas tarifas. Uma conta de luz no valor de R$ 100 passará a ter valor de R$ 97,60. O cálculo é da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica) com base nos novos critérios para a revisão definidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Edvaldo Santana, diretor da Aneel, disse que esse cálculo é "factível". O pequeno corte na tarifa, após um ano de discussões, não surpreendeu. "No fim das contas, a diferença será pequena para os consumidores, apesar do aperto que as distribuidoras terão. Isso vai drenar investimentos", disse Nelson Fonseca Leite, presidente da Abradee.
Os consumidores podem não ter o que comemorar. As distribuidoras saíram da reunião com a agência dizendo que a decisão da Aneel aumenta o risco de piora do serviço, o que seria "consequência" natural do corte do investimento. A agência tentou evitar essa possibilidade, vinculando eficiência no serviço com repasse integral dos reajustes. Quem for menos eficiente será punido com a autorização para um repasse menor.
MENOS NO CAIXA
A Abradee diz que o setor vai perder R$ 3 bilhões em geração de caixa, de R$ 13,7 bilhões para R$ 10,7 bilhões. Parte dos investimentos sai desses recursos. A outra parte vem do aporte de investidores, que também podem reduzir o fluxo de capital na atividade de distribuição depois que a Aneel reduziu de 9,95% para 7,5% a remuneração.
A Cemig, uma das maiores concessionárias do país -com 7 milhões de consumidores-, estima que o Ebtida (lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização) da distribuidora será reduzido em R$ 300 milhões. "No balanço de toda a Cemig, isso será inferior a 10%, mas o grande efeito será o nível de investimento", disse Luiz Fernando Rolla, diretor de finanças da estatal.
A Cemig investe R$ 1,8 bilhão atualmente, incluindo projetos para a Copa de 2014. Mas a expectativa, pós-revisão, é que o investimento seja de R$ 600 milhões. Ele também afirma que a "consequência" pode ser a piora na qualidade dos serviços prestados.
Setor afirma que corte vai ser pequeno e que nova estrutura tarifária pode resultar em piora do serviço para clientes
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Edvaldo Santana, diretor da Aneel, disse que esse cálculo é "factível". O pequeno corte na tarifa, após um ano de discussões, não surpreendeu. "No fim das contas, a diferença será pequena para os consumidores, apesar do aperto que as distribuidoras terão. Isso vai drenar investimentos", disse Nelson Fonseca Leite, presidente da Abradee.
Os consumidores podem não ter o que comemorar. As distribuidoras saíram da reunião com a agência dizendo que a decisão da Aneel aumenta o risco de piora do serviço, o que seria "consequência" natural do corte do investimento. A agência tentou evitar essa possibilidade, vinculando eficiência no serviço com repasse integral dos reajustes. Quem for menos eficiente será punido com a autorização para um repasse menor.
MENOS NO CAIXA
A Abradee diz que o setor vai perder R$ 3 bilhões em geração de caixa, de R$ 13,7 bilhões para R$ 10,7 bilhões. Parte dos investimentos sai desses recursos. A outra parte vem do aporte de investidores, que também podem reduzir o fluxo de capital na atividade de distribuição depois que a Aneel reduziu de 9,95% para 7,5% a remuneração.
A Cemig, uma das maiores concessionárias do país -com 7 milhões de consumidores-, estima que o Ebtida (lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização) da distribuidora será reduzido em R$ 300 milhões. "No balanço de toda a Cemig, isso será inferior a 10%, mas o grande efeito será o nível de investimento", disse Luiz Fernando Rolla, diretor de finanças da estatal.
A Cemig investe R$ 1,8 bilhão atualmente, incluindo projetos para a Copa de 2014. Mas a expectativa, pós-revisão, é que o investimento seja de R$ 600 milhões. Ele também afirma que a "consequência" pode ser a piora na qualidade dos serviços prestados.
Brasília - A tentativa de suspender a construção da hidrelétrica de Belo Monte sofreu um revés ontem, quando decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) considerou legal o seu licenciamento. A desembargadora Maria do Carmo Cardoso indeferiu a ação movida pelo Ministério Público Federal do Pará questionando a usina -dando o segundo voto favorável na 5ª Turma do TRF, ante apenas um voto contrário.
O procurador Felício Pontes Jr., autor da ação, disse que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal. Para o Ministério Público Federal, o processo de licenciamento foi ilegal por dois motivos: primeiro, o decreto legislativo de 2005 autorizando o licenciamento não voltou à Câmara após a alteração do Senado; segundo, índios de terras que seriam afetadas não foram ouvidos pelo Congresso.
O governo, representado pelo Ibama e pela Eletrobras, afirma que os índios não precisavam ser ouvidos porque não haveria obras civis nem alagamento em suas terras. No dia 17 de outubro, a relatora no TRF, Selene de Almeida, votara pela anulação da licenciamento. O desembargador Fagundes de Deus pediu vistas do processo e, no dia 26, votou a favor. Ontem, Cardoso votou a favor e fez o desempate. Mesmo com o recurso, o Supremo pode levar um ano para julgar a ação. Até lá, as obras de Belo Monte estarão num estágio adiantado demais para voltarem atrás.
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