terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: EPE, CEMIG, ANEEL e CPFL

EPE afasta risco de não atendimento da demanda no leilão A-5
O presidente da EPE afirmou ontem (28/11) que não existe risco de que a demanda por energia do leilão A-5, previsto para 20 de dezembro, não seja atendida. Ele garantiu que existe oferta mais que suficiente, embora o ideal fosse a participação das termelétricas a gás natural. O executivo disse que a expectativa é de preço mais alto em razão da retirada da hidrelétrica de São Manoel (700 MW). Tolmasquim assinalou que os parques eólicos estarão no certame com preço de energia competitivo. Ao comentar a decisão do Tribunal de Contas da União determinando a revisão dos preços de referência das hidrelétricas - São Manoel, São Roque e Ribeiro Gonçalves -, o presidente da EPE afirmou que o que determina o preço final não é preço teto, mas a competição do leilão.


Cemig recebe aprovação para concluir a compra dos ativos da espanhola Abengoa
A Cemig, terceira maior empresa de eletricidade do Brasil em valor de mercado, disse que recebeu todas as aprovações necessárias para a conclusão da compra de linhas de transmissão da espanhola Abengoa. A Transmissora Aliança de Energia (Taesa), subsidiária da Cemig, vai pagar R$ 1,2 bilhão pelos ativos. A Abengoa está vendendo suas participações em cinco companhias de transmissão do Brasil.

CONCESSÕES: Aneel pode ter de pagar R$ 47,bi
Aneel calcula que o governo pode ter uma despesa de R$ 47,1 bilhões por causa da indenização de empresas do setor elétrico, caso a presidenta Dilma opte por fazer novas licitações de usinas, linhas de transmissão e distribuidoras de energia. O dado consta de documento enviado pelo órgão ao TCU. De acordo com os técnicos da Aneel, desse total, R$ 21,1 bilhões serão gastos com a indenização aos detentores das concessões das linhas de transmissão. Para as distribuidoras, a conta é de R$ 14,9 bilhões. No caso das usinas, a despesa está estimada em R$ 11,1 bilhões. No relatório do tribunal, a agência observa, porém, que esse levantamento foi feito tendo por base o valor contábil dos ativos das empresas, que pode não ser o melhor método para se avaliar quanto terá de ser gasto para ressarcir as concessionárias. Esses números, segundo a Aneel, foram obtidos com as próprias companhias e de balanços publicados. "A falta de critérios de valoração de ativos pode resultar em valor de eventual indenização inadequado, afastando a atratividade de investimentos ou mesmo comprometendo a modicidade tarifária (redução do preço)", alerta o TCU. Procurada, a Aneel informou que qualquer manifestação sobre a questão depende do ministério. Preocupado com a inércia do governo, o TCU determinou que o MME apresente um plano de ação, até meados de janeiro do ano que vem, sobre o modelo que será adotado para as concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015.

CPFL  integra o ISE pelo sétimo ano consecutivo
Pela sétima vez consecutiva, a CPFL integra o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa, que reúne as empresas que mais se destacam em questões de sustentabilidade empresarial, avaliando aspectos gerais, de meio ambiente, governança corporativa, econômico-financeiro, responsabilidade social e mudanças climáticas. A nova carteira do ISE, que terá vigência de 02/01/2012 a 28/12/2012, reúne 51 ações de 38 companhias. O ISE reflete o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com os melhores desempenhos em todas as dimensões que medem sustentabilidade empresarial. Seus objetivos são funcionar como uma referência para o investimento socialmente responsável e atuar como indutor de boas práticas no meio empresarial brasileiro. A CPFL é uma das 13 empresas que estão presentes no Índice desde sua criação, em 2005.

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