segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Eletrobras e EDP

Estatal portuguesa recebe proposta de compra da Eletrobras 
A Eletrobras apresentou na última sexta-feira (21), sua proposta ao governo português para a compra de 21,35% das ações da estatal Energias de Portugal (EDP). A oferta é dividida em três segmentos: financeiro, planos de investimentos e governança. Segundo a assessoria de imprensa da estatal, os termos não podem ser divulgados devido ao acordo de confidencialidade assinado pela empresa e o governo de Portugal. O presidente da Eletrobras, José Carvalho da Costa Neto, disse que a proposta apresentada pela empresa é muito competitiva. Segundo ele, as duas empresas possuem sinergias estratégicas importantes como os investimentos em fontes renováveis de energia. Ele acredita que uma participação significativa na empresa portuguesa permitiria à Eletrobras dar um salto no seu processo de internacionalização com a entrada nos mercados norte-americano e europeu. A Eletrobras e a EDP já são sócias em empreendimentos no Brasil, como as usinas Lajeado e Peixe Angical, ambas no Tocantins. Costa Neto reuniu-se com o alto comando da EDP em Lisboa há duas semanas para tratar da negociação.

Fatia de Portugal na EDP tem 6 propostas de compra 
O governo de Portugal, por meio da Parpública - Participações Públicas (SGPS), recebeu propostas de seis empresas interessadas na aquisição de sua fatia de 21,35% no capital da Energias de Portugal - EDP. A informação foi comunicada pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal na última sexta-feira. Uma das companhias que manifestou interesse foi a Eletrobras. "Montamos uma proposta equilibrada, de acordo com a nossa visão de futuro conjunto da EDP e da Eletrobras", disse José da Costa, presidente da Eletrobras, em nota enviada à imprensa.Segundo ele, ter uma participação significativa na empresa portuguesa permitiria à Eletrobras dar um salto no seu processo de internacionalização, com a entrada nos mercados norte-americano, no qual a EDP tem uma operação composta por usinas eólicas, e europeu. A Eletrobras e a EDP já são sócias nas usinas Lajeado e Peixe Angical, ambas em Tocantins.Fontes afirmaram à agência de notícias Dow Jones que a alemã E.ON e a chinesa Three Gorges também apresentaram propostas. Além destas, a Cemig teria manifestado interesse pelo ativo, conforme notícias na imprensa portuguesa. A estatal mineira, porém, não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.A venda da participação acionária do governo português na EDP faz parte da privatização da empresa, cuja conclusão está prevista para 2012, segundo a Agência Estado. 

Geração eólica cresce 75,8% e alcança 2.176,6 GWh 
A EPE divulgou o Balanço Energético Nacional 2011, que mostra toda a contabilidade de oferta e consumo de energia no país, com base em dados de 2010. A geração de energia elétrica alcançou 509,2 TWh com crescimento superior a 10% sobre o ano anterior. A geração eólica se destacou com crescimento de 75,8%, alcançando 2.176,6 GWh. A fonte foi beneficiada pelo crescimento de 54,1% na capacidade instalada, que chegou a 928 MW no fim de 2010. A oferta de energia elétrica no país, incluindo importações líquida de 35,9 TWh, totalizou 545,1 TWh, com alta de 8,4% sobre 2009. O consumo final de energia foi de 455,7 TWh, um aumento de 7,8% em relação ao ano anterior. As fontes renováveis foram responsáveis por 86% da oferta de energia no país. Já a capacidade instalada do país cresceu 7,1 mil MW em 2010, somando 113.327 MW instalados. As centrais hidraúlicas correspondem a 71,2% e as termelétricas, a 26,2%. As usinas nucleares somam 1,8% da matriz elétrica e 0,8% são da origem eólica. Gás - A produção diária média de gás natural do ano foi de 62,8 milhões de metros cúbicos por dia, com avanço de 8,5%. O volume de gás importado ficou em 34,6 milhões m³/dia. Com isto, houve aumento na participação do gás natural na matriz energética para 10,3%. A geração térmica a gás de eletricidade cresceu 180% em 2010, o que ocasionouum consumo de 22,1 milhões m³/dia, contra 8 milhões m³/dia em 2009. O uso de carvão mineral para geração de energia elétrica cresceu 28,3% em 2010.