A adoção das tecnologias para tornar as redes elétricas brasileiras inteligentes, adotando o conceito chamado de smart grids, não será custeada com um aumento nas tarifas de energia elétrica. Esse foi o recado dado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça-feira (25/10), logo na abertura do Metering Latin America - evento sobre medição inteligente que acontece em São Paulo até quinta-feira. O representante da agência reguladora no evento foi o assessor de diretoria Carlos Eduardo Cabral Carvalho, que foi mais do que enfático ao dizer que “o foco é como implantar as smart grids sem impactar a modicidade tarifária”.
A máxima foi repetida várias vezes pelo especialista, que afirmou ser essa uma premissa dada pelo diretor André Pepitone, relator dos processos referentes à área que estão em tramitação no órgão. “Hoje, não se discute mais se a medição inteligente será implantada ou não. Ela será implantada”, garantiu Carvalho, que disse ainda que Pepitone é “um entusiasta da ideia”.
Está previsto para o fim de novembro ou o início de dezembro a votação da regulamentação que vai criar um padrão para os medidores inteligentes brasileiros. A partir daí, serão aprofundadas as análises para que seja estabelecido um plano nacional de troca de equipamentos, o que levaria à efetiva adoção da novidade. É nesse momento que a questão do custo aparece.
“O medidor inteligente é mais caro, mas traz também uma série de benefícios, como a otimização da rede, a redução de desligamentos, das perdas técnicas. A gente está quantificando custos e benefícios”, apontou Carvalho. Segundo ele, o objetivo será encontrar um meio de fazer a tecnologia se pagar, sem que seja necessário passar a conta para os consumidores.
Essa questão também foi levantada pelo assessor da diretoria da Rede Energia, Décio Michellis, que é também da diretoria de energia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Já temos a quarta tarifa mais cara do mundo. É preciso um equilíbrio adequado entre confiabilidade e custo. Na maior parte dos países em que teve a migração massiva (para as smart grids), houve aumento de custo para o consumidor final”. Para ele, a migração é “possível e desejável”, mas não pode haver pressa na busca pela melhor solução. “A gente precisa correr, mas devagar”, brincou.
Para Sidney Simonaggio, diretor de operações da AES Eletropaulo, o grande desafio é “botar a tecnologia de pé econômica e financeiramente”. Nesse sentido, ele acredita que a palavra-chave é “compartilhar” os benefícios para ganhar economia de escala e otimizar os custos – principalmente na questão referente à comunicação dos medidores com os centros de controle. (Jornal da Energia)
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A máxima foi repetida várias vezes pelo especialista, que afirmou ser essa uma premissa dada pelo diretor André Pepitone, relator dos processos referentes à área que estão em tramitação no órgão. “Hoje, não se discute mais se a medição inteligente será implantada ou não. Ela será implantada”, garantiu Carvalho, que disse ainda que Pepitone é “um entusiasta da ideia”.
Está previsto para o fim de novembro ou o início de dezembro a votação da regulamentação que vai criar um padrão para os medidores inteligentes brasileiros. A partir daí, serão aprofundadas as análises para que seja estabelecido um plano nacional de troca de equipamentos, o que levaria à efetiva adoção da novidade. É nesse momento que a questão do custo aparece.
“O medidor inteligente é mais caro, mas traz também uma série de benefícios, como a otimização da rede, a redução de desligamentos, das perdas técnicas. A gente está quantificando custos e benefícios”, apontou Carvalho. Segundo ele, o objetivo será encontrar um meio de fazer a tecnologia se pagar, sem que seja necessário passar a conta para os consumidores.
Essa questão também foi levantada pelo assessor da diretoria da Rede Energia, Décio Michellis, que é também da diretoria de energia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Já temos a quarta tarifa mais cara do mundo. É preciso um equilíbrio adequado entre confiabilidade e custo. Na maior parte dos países em que teve a migração massiva (para as smart grids), houve aumento de custo para o consumidor final”. Para ele, a migração é “possível e desejável”, mas não pode haver pressa na busca pela melhor solução. “A gente precisa correr, mas devagar”, brincou.
Para Sidney Simonaggio, diretor de operações da AES Eletropaulo, o grande desafio é “botar a tecnologia de pé econômica e financeiramente”. Nesse sentido, ele acredita que a palavra-chave é “compartilhar” os benefícios para ganhar economia de escala e otimizar os custos – principalmente na questão referente à comunicação dos medidores com os centros de controle. (Jornal da Energia)
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