O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) ainda não liberou a comercialização de nenhum medidor inteligente no Brasil. Segundo o diretor de metrologia legal do órgão, Luiz Carlos dos Santos, os modelos que têm sido utilizados em experiências piloto pelo País são considerados apenas medidores eletrônicos. Isso porque a definição do medidor inteligente está pendente de regulamentação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a agência reguladora, a palavra final sobre o padrão brasileiro para os equipamentos deve ser dada em novembro ou dezembro, após votação pela diretoria colegiada.
Santos diz não ter os números exatos de cabeça, mas garante que existem, “folgadamente”, mais de vinte medidores inteligentes liberados para o mercado brasileiro. Até por isso, ele prevê que quando a Aneel estabelecer o padrão da nova geração de equipamentos o Inmetro terá bastante trabalho pela frente. “Assim que a Aneel regular isso, vamos ter um monte de medidor pedindo certificação na possa porta”, brinca o técnico, que conversou com o Jornal da Energia após participar da abertura do Metering Latin America, em São Paulo.
Pelas contas de Santos, o Inmetro deve levar entre seis meses e um ano, após a regulamentação da Aneel, para estabelecer as exigências de qualidade que guiarão o mercado nacional na área. “A preocupação do Inmetro é que o resultado da medição seja confiável – esse é nosso grande negócio”, explica.
O diretor também aponta que o Inmetro “está preocupado” com o grande número de pedidos de certificação que aparecerão e que, nesse sentido, deve também costurar um “acordo de cavalheiros” entre os fabricantes. A ideia é testar todos os equipamentos enviados e certificar aqueles que forem aprovados de uma só vez, em lote. “Aprovamos todas juntas e aí você evita problemas de concorrência”, resume Santos.
Para o técnico, essa fase de testes dos modelos deve levar seis meses “em um ritmo normal, se tudo correr bem”. Mas “é muito comum” que equipamentos tenham que ser devolvidos aos fabricantes para ajustes, o que atrasa a operação. Além disso, nos casos de medidores com softwares, o prazo costuma ser maior. “Esses modelos têm demorado mais tempo, porque tem que ter uma análise de software e estamos vendo uma grande dificuldades dos fabricantes em aprovar. Então os medidores podem acabar vivendo esse drama”.
Com tantas variáveis e imprevisibilidades, o diretor do Inmetro prefere tentar arriscar quando os medidores inteligentes estarão certificados e poderão começar a ser implantados no País de forma concreta. “Isso é uma coisa que a Aneel também nos pergunta, mas não depende só do Inmetro, mas também dos fabricantes”, conclui. (Jornal da Energia)
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Santos diz não ter os números exatos de cabeça, mas garante que existem, “folgadamente”, mais de vinte medidores inteligentes liberados para o mercado brasileiro. Até por isso, ele prevê que quando a Aneel estabelecer o padrão da nova geração de equipamentos o Inmetro terá bastante trabalho pela frente. “Assim que a Aneel regular isso, vamos ter um monte de medidor pedindo certificação na possa porta”, brinca o técnico, que conversou com o Jornal da Energia após participar da abertura do Metering Latin America, em São Paulo.
Pelas contas de Santos, o Inmetro deve levar entre seis meses e um ano, após a regulamentação da Aneel, para estabelecer as exigências de qualidade que guiarão o mercado nacional na área. “A preocupação do Inmetro é que o resultado da medição seja confiável – esse é nosso grande negócio”, explica.
O diretor também aponta que o Inmetro “está preocupado” com o grande número de pedidos de certificação que aparecerão e que, nesse sentido, deve também costurar um “acordo de cavalheiros” entre os fabricantes. A ideia é testar todos os equipamentos enviados e certificar aqueles que forem aprovados de uma só vez, em lote. “Aprovamos todas juntas e aí você evita problemas de concorrência”, resume Santos.
Para o técnico, essa fase de testes dos modelos deve levar seis meses “em um ritmo normal, se tudo correr bem”. Mas “é muito comum” que equipamentos tenham que ser devolvidos aos fabricantes para ajustes, o que atrasa a operação. Além disso, nos casos de medidores com softwares, o prazo costuma ser maior. “Esses modelos têm demorado mais tempo, porque tem que ter uma análise de software e estamos vendo uma grande dificuldades dos fabricantes em aprovar. Então os medidores podem acabar vivendo esse drama”.
Com tantas variáveis e imprevisibilidades, o diretor do Inmetro prefere tentar arriscar quando os medidores inteligentes estarão certificados e poderão começar a ser implantados no País de forma concreta. “Isso é uma coisa que a Aneel também nos pergunta, mas não depende só do Inmetro, mas também dos fabricantes”, conclui. (Jornal da Energia)
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