quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: EDP, EPE e Belo Monte

Medidor inteligente de energia entra em testes
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) homologou um medidor inteligente de energia desenvolvido pela EDP no Brasil com tecnologia nacional. Os equipamentos permitem que o consumidor acompanhe o consumo de sua residência em tempo real e que as informações possam ser direcionadas a centros de gerenciamento e controle. Os medidores homologados serão o primeiro lote de um projeto-piloto desenvolvido pela EDP no Brasil para o desenvolvimento de uma cidade energeticamente inteligente no estado de São Paulo. No quarto trimestre deste ano, a cidade de Aparecida (SP) adotará, além da medição inteligente, a utilização de iluminação pública eficiente, a geração distribuída de energia com fontes renováveis, a mobilidade elétrica e ações de eficientização energética. O medidor MD-1400, monofásico direto, foi projetado por meio do programa de pesquisa e desenvolvimento da EDP, em parceria com a empresa Ecil Informática. De acordo com a EDP, a linha de medidores inteligentes é complementada por uma solução de comunicação remota. O equipamento utiliza dois conceitos de rede — o HAN (Home Area Network) e o NAN (Neighborhood Area Network). A primeira será responsável pela comunicação direta entre equipamentos domésticos como ar-condicionado, geladeiras e aquecedores. Já o segundo estabelece um mecanismo de gestão individualizado por consumidor. Segundo a EDP, os protótipos atendem os requisitos exigidos pela Aneel.

Leilão de energia tem 370 projetos que podem ampliar parque gerador em 20%

Cerca de 370 projetos de geração podem disputar o leilão da Aneel, marcado para o dia 20 de dezembro, para atender ao mercado nacional a partir de 2016. Segundo nota divulgada pela EPE, os empreendimentos já cadastrados somam 24,2 mil megawatts (MW) de capacidade, pouco mais de 21% da capacidade total instalada atualmente no país. Quase 80% dos projetos são voltados à geração de energia a partir de parques eólicos. Mas, considerando o volume de energia inscrito, o gás natural foi a fonte com maior potencial ofertado (53% do total da capacidade de produção). As outras fontes cadastradas foram biomassa a partir, principalmente, da queima de bagaço de cana e cavaco de madeira, e hidráulica, para usinas hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Os empreendimentos hidrelétricos cadastrados, por exemplo, somam oferta de 2,4 mil megawatts. Neste total, está prevista a ampliação de quatro usinas hidrelétricas e a construção de dez barragens, que ainda terão concessões licitadas, como São Manoel (em Teles Pires, abrangendo Mato Grosso e Pará), com oferta de 700 MW, Sinop (também em Teles Pires, Mato Grosso), com oferta de 400 MW, e usinas sem perspectiva de obtenção de licença ambiental prévia para o leilão, como Riacho Seco (entre Bahia e Pernambuco), com potencial de 276 MW. O maior número de projetos é para empreendimentos no Rio Grande do Sul, mas foi o Rio de Janeiro o estado que registrou maior oferta de energia entre todos os projetos inscritos, superando 3 mil MW. De acordo com a nota, a EPE ainda vai analisar a documentação dos interessados para efetivar a habilitação dos projetos que estiverem com a papelada em ordem.

Rio Madeira é desviado pela segunda vez por causa da construção da Usina Hidrelétrica Jirau
A Empresa Energia Sustentável do Brasil, responsável pela Usina Hidrelétrica Jirau, realizou hoje (28) o segundo desvio do Rio Madeira , que vai permitir que a água passe pelo vertedouro, estrutura que vai regular o nível do reservatório quando a usina estiver funcionando. O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, participou da solenidade que deu início ao desvio. Em abril de 2009, o Rio Madeira já tinha sido desviado com barragens provisórias (ensecadeiras) para possibilitar a construção do vertedouro, no leito original. Agora, para realizar o segundo desvio, as ensecadeiras foram removidas, permitindo o início da passagem de água por seus vãos. A Energia Sustentável do Brasil deve apresentar na próxima semana o pedido para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conceda a licença de operação ao empreendimento, que permite o início do funcionamento da usina. O enchimento do reservatório está previsto para o início do ano que vem, após a conclusão das obras civis e a montagem das unidades geradoras da Casa de Força 2. Segundo a empresa, a previsão é a de que a primeira máquina entre em operação no segundo semestre de 2012. A Usina Hidrelétrica Jirau terá capacidade de 3.750 megawatts, o suficiente para abastecer mais de 10 milhões de residências. A geração será feita por 50 turbinas do tipo bulbo, de 75 megawatts cada, sendo 28 instaladas na Casa de Força 1 e 22, na Casa de Força 2.


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