quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Oferta de energia no Brasil vai crescer 62% em 10 anos

A oferta de energia interna no Brasil vai crescer dos atuais 271 milhões de tep (tonelada equivalente de petróleo) para 440 milhões de tep entre 2010 e 2020, uma elevação de 62%. No período, a participação das energias renováveis na matriz energética brasileira sobe de 45,5% para 51,7%, principalmente pelo aumento da contratação de energia eólica, gás e biomassa. Este foi o panorama apresentado  pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim.

A transformação da matriz ocorre porque o governo quer reduzir a contratação de energia de térmicas a óleo combustível e estimular a oferta em leilão de energias alternativas, como eólica, cujo potencial é hoje de 143 mil MW, o que representa a capacidade de dez usinas de Itaipu. Segundo Tolmasquim, este potencial poderá dobrar nos próximos anos. O projeto brasileiro é crescer ainda seu potencial hidrelétrico, já que só utiliza um terço.

O presidente da EPE apresentou um cenário otimista em relação à previsão de crescimento de oferta de energia para sustentar o desenvolvimento brasileiro. Ele prevê que o país crescerá a uma taxa de 5% ao ano, enquanto a oferta de energia será de 5,3%. Além disso, Tolmasquim também mostrou que, dos 61 mil MW previstos para a década, 46 mil MW já foram contratados. “Isso dá uma tranquilidade muito grande para o Brasil crescer 5% ao ano”, afirmou.

O Brasil também possui uma participação relativamente pequena em uso de petróleo e gás, com 48% da matriz, em relação aos 54% mundiais. No mundo, a participação do carvão é grande, com 41% para a geração de energia elétrica, enquanto aqui é de apenas 6%. Quase 90% da geração de energia elétrica no Brasil é proveniente de fontes renováveis.

As previsões de oferta da produção de petróleo são bastante otimistas. Atualmente, são produzidos 2,3 milhões de barris por dia, mas a estimativa com os investimentos da Petrobras e das empresas privadas é aumentar para 6 milhões de barris por dia. Haverá uma sobra de 3 milhões de barris por dia, já que o consumo de petróleo não acompanha a produção. (Revista Fator)

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