A geração de energia elétrica por usinas eólicas deve aumentar sete vezes no país até 2014, disse o presidente da EPE Mauricio Tolmasquim. De acordo com ele, nos próximos três anos, a capacidade de geração de energia eólica passará dos atuais 1 gigawatt (GW) para 7 GW. Tolmasquim participou de um debate sobre o setor elétrico e as hidrelétricas brasileiras. Ele destacou a importância dos investimentos em usinas elétricas movidas a vento, principalmente no Nordeste. Segundo o presidente da EPE, a crise econômica na Europa acabou incentivando que empresas estrangeiras se instalassem no país para aproveitar o seu crescimento. “A crise na Europa paralisou o projetos por lá”, assinalou Tolmasquim. “Na China, só entram empresas que produzem equipamentos na China. As empresas estrangeiras se focaram no Brasil.” Segundo Tolmasquim, quatro companhias fabricam usinas eólicas no Brasil atualmente. Ele disse também que outras quatro empresas já anunciaram que vão se instalar no país.
Furnas reformula diretorias e cria área de Planejamento
O conselho de administração de Furnas aprovou ontem a nova composição da diretoria executiva e a redistribuição das áreas executivas da estatal. Na reunião foi criada a diretoria de Planejamento, Gestão de Negócios e Participações, que ficará sob a responsabilidade de Olga Simbalista, ex-coordenadora de planejamento da Eletrobras. As diretorias de engenharia e construção foram reunidas em uma única instância, que passou a ser denominada de diretoria de expansão. A área ficará sob a tutela do engenheiro eletricista Marcio Abreu, ex-diretor técnico executivo da Itaipu Binacional. Já a diretoria de Finanças ficará a cargo de Nilmar Foletto, a diretoria de Operações com Cesar Ribeiro Zani e a diretoria de Gestão Corporativa com Luis Fernando Paroli. "As mudanças têm por objetivo adequar a estrutura da empresa ao modelo de negócios que vem sendo praticado no setor elétrico, otimizar o desempenho da gestão societária das participações de Furnas, direcionar a macro estrutura da empresa para o seu melhor dimensionamento e prepará-la para os novos desafios", declarou o presidente Flavio Decat, que continua na presidência de Furnas.
Sem corte de tributo não é possível reduzir preço da energia, diz Lobão
Não há como reduzir o preço da tarifa de energia elétrica sem redução de tributos, afirmou hoje o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ele ponderou, no entanto, que ainda não se fez um estudo profundo sobre a questão. Lobão destacou que um dos principais pontos de discussão é o ICMS, que está na esfera dos Estados. "Não podemos falar de redução de tributos sem falar de ICMS", acrescentou.O outro caminho para se alcançar a modicidade tarifária é a redução das tarifas no processo de renovação ou de novas licitações das concessões do setor que vencem a partir de 2015.
Distribuidoras - Lobão negou que o governo tenha a intenção de privatizar distribuidoras federalizadas das regiões Norte e Nordeste que hoje estão sob o controle da Eletrobras. Segundo o ministro, tais empresas registraram prejuízo em 2010 em função de ajustes contábeis, mas reverterão esse cenário a partir deste ano. "Para 2011 em diante, não estamos trabalhando com a hipótese de prejuízo", afirmou.
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