Concorrência entre fontes distorce realidade em leilões
A EDP Energias do Brasil confirmou na última quinta-feira (28/7) que estará entre os participantes do leilão de energia A-3, marcado pelo governo para 17 de agosto. O certame vai contratar a energia de parques eólicos, usinas a biomassa, térmicas a gás e projetos hídricos. Essa variedade de projetos, inclusive, foi criticada pelo diretor-presidente da empresa portuguesa no Brasil, António Pita Abreu. Para o executivo, esse fator "pode, de fato, distorcer um pouco aquilo que no fundo é a realidade de cada uma das fontes". o presidente da EDP Brasil afirmou também que vê "com respeito" a concorrência e adiantou que a companhia apostará suas fichas em um projeto de termelétrica a gás de 500MW. A usina, prevista para ser instalada em Resende, no Rio de Janeiro, está em desenvolvimento há tempos e, até poucos meses atrás, dependia apenas de um contrato de fornecimento para poder entrar em licitações. O executivo também destacou a aprovação, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) da ampliação da hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, comprada pela empresa em junho. Segundo Abreu, o órgão regulador ainda não detalhou qual será a energia assegurada com a mudança no projeto. "O que se fará com essa energia, vamos ter que analisar o que é melhor, se colocar em um leilão futuro ou vender no mercado livre".
Não há definição sobre concessões de usinas, diz Lobão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o governo ainda não tem uma definição sobre a renovação dos contratos das usinas hidrelétricas que devem vencer a partir de 2014. "Temos apenas duas alternativas, ou se mantém a lei atual e essas usinas voltam ao governo, ou se muda a lei", disse o ministro. "Não temos ainda nenhuma posição", completou. Lobão também adiantou que apesar das recentes reuniões com a presidente Dilma Rousseff, a proposta de novo marco regulatório da mineração ainda necessita de ajuste e só deverá ser encaminhada ao Congresso pela presidente daqui a 30 dias. Segundo ele, a mudança no pagamento de royalties, por exemplo, ainda está sendo debatida dentro do Ministério da Fazenda.
BNDES quer aprovar R$ 1,5bi em financiamentos de eólicas em 2011
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social pretende aumentar o volume de aprovações de financiamentos para o setor de energia eólica no segundo semestre em relação primeiros seis meses do ano. Até agora, as aprovações totalizaram 790 milhões de reais. "Mas devemos aprovar, ao longo do ano, mais do que duas vezes este valor. Vamos aprovar mais de 1,5 bilhões de reais neste ano", disse à Reuters o chefe do Departamento de Energias Alternativas do banco, Antonio Carlos Tovar. O aumento mais expressivo da aprovação de financiamentos para o setor eólico pelo BNDES ocorreu a partir de 2009. Nesse ano, as aprovações de financiamentos para usinas eólicas somaram 1,17 bilhão de reais, ante 260 milhões de reais em 2008. No ano passado, foram 1,24 bilhão de reais aprovados para este segmento. A energia eólica é a líder em aprovações de financiamentos no BNDES entre as fontes renováveis de energia. "A nossa carteira é muito decorrente do leilão", disse Tovar ao lembrar que as eólicas têm sido as grandes vencedoras dos últimos certames de energia no mercado regulado. Entretanto, Tovar lembra que a demanda por financiamentos de térmicas a gás também pode aumentar, dependendo do desempenho destas no próximo leilão A-3, de agosto. Neste ano, o BNDES ainda aprovou 200 milhões de reais em financiamento para o setor termelétrico e possui outros 600 milhões em projetos sendo analisados na carteira. Já o segmento de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) tem 200 milhões em projetos aprovados no ano e outros 500 milhões em análise.
Leia também:
* Editorial: Sistema elétrico precário
* Agências reguladoras podem ser alvo de auditoria anual do TCU
* Concessionárias públicas lideram queixas no Procon
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Não há definição sobre concessões de usinas, diz Lobão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o governo ainda não tem uma definição sobre a renovação dos contratos das usinas hidrelétricas que devem vencer a partir de 2014. "Temos apenas duas alternativas, ou se mantém a lei atual e essas usinas voltam ao governo, ou se muda a lei", disse o ministro. "Não temos ainda nenhuma posição", completou. Lobão também adiantou que apesar das recentes reuniões com a presidente Dilma Rousseff, a proposta de novo marco regulatório da mineração ainda necessita de ajuste e só deverá ser encaminhada ao Congresso pela presidente daqui a 30 dias. Segundo ele, a mudança no pagamento de royalties, por exemplo, ainda está sendo debatida dentro do Ministério da Fazenda.
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social pretende aumentar o volume de aprovações de financiamentos para o setor de energia eólica no segundo semestre em relação primeiros seis meses do ano. Até agora, as aprovações totalizaram 790 milhões de reais. "Mas devemos aprovar, ao longo do ano, mais do que duas vezes este valor. Vamos aprovar mais de 1,5 bilhões de reais neste ano", disse à Reuters o chefe do Departamento de Energias Alternativas do banco, Antonio Carlos Tovar. O aumento mais expressivo da aprovação de financiamentos para o setor eólico pelo BNDES ocorreu a partir de 2009. Nesse ano, as aprovações de financiamentos para usinas eólicas somaram 1,17 bilhão de reais, ante 260 milhões de reais em 2008. No ano passado, foram 1,24 bilhão de reais aprovados para este segmento. A energia eólica é a líder em aprovações de financiamentos no BNDES entre as fontes renováveis de energia. "A nossa carteira é muito decorrente do leilão", disse Tovar ao lembrar que as eólicas têm sido as grandes vencedoras dos últimos certames de energia no mercado regulado. Entretanto, Tovar lembra que a demanda por financiamentos de térmicas a gás também pode aumentar, dependendo do desempenho destas no próximo leilão A-3, de agosto. Neste ano, o BNDES ainda aprovou 200 milhões de reais em financiamento para o setor termelétrico e possui outros 600 milhões em projetos sendo analisados na carteira. Já o segmento de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) tem 200 milhões em projetos aprovados no ano e outros 500 milhões em análise.
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