segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: EDP, Fiesp e Leilão de energia solar

Fiesp debate avanços em energia eólica
O Desenvolvimento da Geração Eólica no Brasil será um dos temas do 12º Encontro Internacional de Energia da Fiesp, que acontece em 15 e 16 de agosto. Participam do debate Ricardo Maya Simões, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), e Amilcar Gonçalves Guerreiro, diretor de estudos econômico-energéticos e ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), além de outras autoridades no assunto. Os 51 parques eólicos distribuídos em nove estados brasileiros alcançaram, no mês de junho, a produção de 1 GW (gigawatt) de energia elétrica, o suficiente para abastecer uma cidade como Recife, com 1,5 milhão de habitantes. Nos próximos dois anos, esse potencial crescerá significativamente, segundo previsão da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica). Ainda neste ano, mais 36 usinas devem entrar em operação no Brasil, segundo a associação. Até 2013, serão 5,3 GW gerados por turbinas movidas por ventos, resultado de investimentos de mais de R$ 25 bilhões.

Endesa leva fatia da EDP no negócio
A EDP vendeu sua participação na Ampla para a controladora espanhola da companhia brasileira, a Endesa. A previsão é que a operação tenha um impacto de aproximadamente R$ 192 milhões (¤ 85 milhões) nas contas da empresa portuguesa. A Endesa já possui 91,93% das duas empresas brasileiras e, com a compra da participação, prevista para ser concluída no quarto trimestre, vai fazer uma oferta pública para adquirir o restante em circulação no mercado, afirmou a Ampla em comunicado ao mercado na última sexta-feira. Com as vendas, de 7,7% de participação na Ampla Energia e Serviços e 7,7% na Ampla Investimentos e Serviços, a EDP conseguiu alcançar 90% da meta de vendas de R$ 1,1 bilhão (¤ 500 milhões) em ativos não estratégicos até o final deste ano. A companhia portuguesa, que tem projeção de investimento de R$ 5,4 bilhões (2,4 bilhões) em2011 e 2012, vai usar os recursos obtidos com as vendas para reduzir dívida líquida.

Governo do Ceará pretende realizar leilão de energia solar

O presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Francisco Zuza de Oliveira revelou que o governo do Estado está unindo forças para promover um leilão exclusivo para a contratação de energia solar. Segundo Oliveira, a ideia é incentivar toda a cadeia solar - não só a de geração de energia, mas também a indústria de equipamentos e produção de módulos solares. Oliveira disse que proposta está apenas aguardando regulamentação para ser colocada em prática."Hoje já temos cerca de 20 interessados. Empresas da China, da Índia, de Portugal, do Brasil. Temos consciência que isso é um projeto pioneiro e que vai se conquistando aos poucos."Questionado sobre os planos do governo para dar competitividade à fonte, o presidente da Adece explicou que o Estado criou um fundo de equalização da diferença entre a energia solar e as demais fontes. "Temos empresas chegando hoje a um custo de geração solar próximo de R$450 por MW. O Fies [Fundo de Incentivo a Energia Solar] pagaria essa diferença entre o custo das outras fontes até que o preço, com o desenvolvimento da tecnologia, fique competitivo ao passo de não mais precisar desse recurso", explica. De acordo com Oliveira, esse fundo conta com R$10 milhões liberados pelo governo. A ideia é também incentivar os consumidores livres a adquirir essa energia, com a criação de um "selo verde" que poderia ser utilizado com marketing ambiental pelas indústrias.
PAC da energia solar
O presidente da Adece revelou ainda que na última reunião com os parlamentares do governo sugeriu a criação de um Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) específico para incentivos à energia solar. Segundo ele, é preciso que o governo crie um marco legal e também promova leilões específicos para a fonte. "Os investidores estão interessados, mas precisam de garantias que viabilizem seus investimentos", finalizou. (Jornal Energia)


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