As barreiras técnicas e ambientais levarão o Brasil a aproveitar somente cerca de 65% de seu potencial para a geração de energia hidrelétrica. A estimativa é do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Nesta terça-feira (19/7), em debate realizado na Câmara Americana de Comércio (Amcham), ele admitiu que o fato de a maior parte das possíveis usinas estar na região Amazônica fará com que nem todos projetos sejam viáveis. No caso da hidrelétrica de Belo Monte, por exemplo, a opção foi por alterações no empreendimento, que previa, em sua versão original, um complexo de plantas no rio Xingu.
"Dificilmente vamos conseguir explorar hidrelétricas depois de 2025, 2030. No máximo vamos dobrar o que temos hoje, que é 80 mil MW, e chegar a 160 mil MW em usinas da fonte", previu o secretário. Ele lembrou que na região da Amazônia a própria geografia impossibilitará alguns aproveitamentos. "Para fazer um grande reservatório, teria que ocupar milhares de quilômetros, e isso não faria muita lógica, ainda mais com a questão ambiental".
Pelas estimativas de Zimmermann, seriam deixados de lado 83 mil MW em hidrelétricas, o equivalente a cerca de seis usinas de Itaipu, a maior do mundo em geração de energia. De acordo com dados da Eletrobras, o potencial brasileiro para a geração hídrica é hoje, teoricamente, de 243,3 mil MW. Desses, 30,4 mil MW estão em fase de estudo de viabilidade e 59 mil MW em inventário. Outros 57,6 mil MW são pressupostos a partir de dados existentes, sem levantamento local detalhado.
O secretário do MME defendeu a implantação da hidrelétrica de Belo Monte e afirmou que a discussão sobre o empreendimento "tem um lado muito emocional", com a questão tendo "virado quase uma neurose". E, ao abordar as previsões de expansão da matriz e polêmicas, Zimmermann citou também as usinas nucleares. Para ele, "o mundo não tem para onde ir" sem o uso da fonte. O executivo destacou que é necessário "reflexão", mas apostou que o setor "terá de voltar a discutir energia nuclear" nos próximos anos. (Jornal da Energia)
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* Pinga-Fogo Setor Elétrico: MME, BNDES, FIESP e EDP
"Dificilmente vamos conseguir explorar hidrelétricas depois de 2025, 2030. No máximo vamos dobrar o que temos hoje, que é 80 mil MW, e chegar a 160 mil MW em usinas da fonte", previu o secretário. Ele lembrou que na região da Amazônia a própria geografia impossibilitará alguns aproveitamentos. "Para fazer um grande reservatório, teria que ocupar milhares de quilômetros, e isso não faria muita lógica, ainda mais com a questão ambiental".
Pelas estimativas de Zimmermann, seriam deixados de lado 83 mil MW em hidrelétricas, o equivalente a cerca de seis usinas de Itaipu, a maior do mundo em geração de energia. De acordo com dados da Eletrobras, o potencial brasileiro para a geração hídrica é hoje, teoricamente, de 243,3 mil MW. Desses, 30,4 mil MW estão em fase de estudo de viabilidade e 59 mil MW em inventário. Outros 57,6 mil MW são pressupostos a partir de dados existentes, sem levantamento local detalhado.
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