A Cemig está com apetite e quer participar do processo de consolidação do setor elétrico nacional. Um dia após a empresa anunciar que sua controlada Taesa, empresa que atua no segmento de transmissão de energia elétrica, ter adquirido os ativos Abengoa no Brasil por R$ 1,1 bilhão de reais, o presidente da empresa, Djalma Morais, disse que a Centrais Elétricas de Goiás (Celg) está na mira da empresa como próxima aquisição.
O executivo revelou que a Cemig já contratou uma consultoria financeira e que aguarda um parecer para verifica a viabilidade do investimento pretendido. A empresa goiana amarga um longo período de dificuldades financeiras tanto que não consegue nem mesmo financiamentos para expandir sua rede e capacidade de distribuição de energia.
Parece que adquirir ativos de empresas endividadas tem sido o foco da empresa mineira. O negócio com a empresa espanhola veio no momento em que esta detém um endividamento de 5,3 bilhões de euros. Com a aquisição, a Cemig elevará a participação no mercado, dos atuais 6,5% para 8,6% tendo como base a receita anual permitida (RAP). A rede de transmissão da Taesa deve ser expandida em 68%, para 6,250 mil quilômetros. Atualmente a empresa possui 3,712 mil quilômetros de linhas.
PDE
O governo espera implantar 24 novas hidrelétricas entre 2016 e 2020. Essas usinas irão agregar ao sistema mais 18,185 mil megawatts (MW) de eletricidade. Os dados constam da versão preliminar do Plano Decenal (2011-2020) de Expansão de Energia (PDE), que foi colocado em consulta pública pelo MME.
De acordo com o documento, os investimentos previstos para ampliar a oferta de energia elétrica no País até 2020 devem somar R$ 190 bilhões. Desse total, cerca de R$ 100 bilhões serão postos em novos empreendimentos, sendo 55% em hidroelétricas e 45% em projetos de fontes renováveis como geradoras eólicas, produção a partir de biomassa e pequenas centrais hidroelétricas (PCHs). Na área de transmissão, a estimativa de investimentos para o período é de R$ 46 bilhões.
Do total de usinas previstas para entrar em operação entre 2016 e 2020, oito devem ser leiloadas ainda este ano. A maior delas está prevista para entrar em operação até 2020 é a de São Luiz do Tapajós, que terá uma capacidade máxima de geração de 6,133 mil MW de capacidade instalada. A estimativa prévia do governo é colocar essa usina em leilão em 2012. (DCI)
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