O Ministério de Minas e Energia espera apenas a análise e aprovação do Conselho Nacional de Política Energética para divulgar os resultados de um documento que embasará o governo na elaboração de um programa brasileiro para implantação dos smart grids, as redes elétricas inteligentes, no Brasil. O estudo, concluído em dezembro do ano passado, foi feito por um grupo de trabalho montado pelo MME em abril de 2010.
Após a aprovação final do Conselho, o MME pretende discutir uma proposta de política para implementar o smart grid com associações empresariais, distribuidoras, órgãos reguladores e entidades que representam os consumidores. A informação foi dada pelo diretor do Departamento de Gestão do Setor Elétrico do MME, Marcos Franco Moreira., "Há uma intenção de acelerar a implantação do smart grid no Brasil, fizemos uma reunião com o ministro [Edson Lobão], que demonstrou entusiasmo pelo tema", afirmou Moreira.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) participou do grupo de trabalho, contou Maximiliano Salvadori Martinhão, gerente geral de Certificação e Engenharia de Espectro do órgão. Coube à agência identificar o estado da arte na aplicação de telecomunicações em smart grid, fazendo prospecção nos Estados Unidos.
A Anatel também participou de outro estudo para o grupo de trabalho do MME, em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que fez um diagnóstico da rede atual e construiu cenários para smart grid.
Paulo Henrique Silvestri Lopes, superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, contou que está sendo fechada a proposta do modelo padrão de medidor inteligente a ser adotado no Brasil. Luiz Carlos Gomes dos Santos, diretor de Metrologia Legal do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), outro órgão envolvido nas discussões, está acompanhando a Aneel na definição do medidor inteligente e espera poder fazer a aprovação dos primeiros modelos em 2012. (Inovaçâo Unicamp)
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