O atraso das termoelétricas que deveriam entrar em operação entre janeiro de 2010 e janeiro de 2013 é generalizado. Levantamento feito pela PSR Consultoria, a pedido do Estado, mostra que, dos 35 empreendimentos previstos para o período - 26 são do Grupo Bertin -, três estão atrasados em um ano e meio, três só entrarão em operação um ano e cinco meses depois e dois serão retardados em um ano.
Entre os atrasos inferiores a um ano, a lista aponta duas usinas com atraso de 10 meses, uma com seis meses e seis com um mês. Só em menos da metade (17) coincide a data da entrada em operação da termelétrica prevista no leilão e na data informada pela empresa à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) - janeiro de 2013. Porém, a PSR atribui, pelo menos, um atraso de seis meses a esses empreendimentos.
Hoje a Aneel retoma o julgamento para decidir se pune ou não o grupo Bertin pelo atraso de seis usinas que deveriam ter entrado em operação em janeiro de 2011.
O julgamento teve início em 1.º de março, mas foi suspenso devido à cisão dentro do órgão regulador em relação à questão, o que fez com que o diretor André Pepitone, que daria o "voto de minerva", pedisse vistas do processo.
O Grupo Bertin pleiteia a prorrogação do prazo e a isenção das multas de R$ 12 milhões a R$ 13 milhões por mês.
Procurado, o grupo informou que as usinas não entraram em operação na data prevista no leilão por causa do atraso das outorgas pelo Ministério de Minas e Energia. (O Estado de S. Paulo)
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