quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Chesf, Ampla e Usiminas

Chesf tem interesse nas hidrelétricas do rio Parnaíba
A Chesf quer disputar a concessão das cinco hidrelétricas que o governo prevê para serem instaladas no rio Parnaíba. No ano passado, a estatal chegou a mostrar interesse nas usinas, mas acabou não dando lances nos três empreendimentos oferecidos no leilão de energia A-5, promovido em dezembro pelo governo. Na ocasião, a companhia avaliou que as usinas de Cachoeira (63MW) Estreito (56MW) e Castelhano (64MW) haviam perdido atratividade devido às muitas compensações ambientais pedidas pelo Ibama para autorizar as obras. Neste ano, a expectativa da Chesf é entrar novamente na concorrência pelos empreendimentos e tentar arrematar, ainda , as UHEs Ribeiro Gonçalves (113MW) e Uruçuí (134MW).
Para participar do futuro leilão, a Chesf abriu chamada pública em busca de parceiros, que devem ser, obrigatoriamente, empresas geradoras privadas ou investidores institucionais. A Chesf será a líder dos consórcios formados, mas sua participação nos empreendimentos se limitará a 49%.

Ampla pretende captar R$300 milhões em 2011
A distribuidora de energia elétrica Ampla vai buscar a captação de até R$300 milhões para cobrir suas necessidades de caixa para o ano de 2011. A transação, aprovada pelo Conselho de Administração da companhia, poderá ser concretizada por meio da contratação de empréstimos bancários ou pela emissão de debêntures. Na reunião do Conselho ficou aprovada também a contratação de operações de swap de taxas de juros. O objetivo da empresa é minimizar sua exposição à taxa de juros flutuantes. O valor máximo da operação será de R$200 milhões. A Ampla, controlada pelo grupo espanhol Endesa, atende 73% do Estado do Rio de Janeiro, somando 66 cidades e cerca de 2,3 milhões de clientes.

Usiminas investirá para ser autossuficiente em energia
a Usiminas quer investir agora em eficiência energética de suas instalações e em geração de energia para não precisar mais recorrer ao mercado. A meta da companhia é reduzir seus custos em cerca de R$ 350 milhões ao ano a partir de 2015, quando esses investimentos, ainda sem um valor definido, estiverem concluídos. De acordo com o presidente da companhia, Wilson Brumer, a Usiminas consome 450 MW de energia e desse volume apenas 100 MW tem origem própria. O restante é adquirido por meio de contratos no ambiente livre de contratação. Essa diferença de 350 MW, disse o executivo, poderá ser suprida internamente com a otimização de processos e modernização de equipamentos.

A Usiminas avalia ainda, até mesmo, investimento em ativos de geração de energia hidroelétrica, porém, a empresa afirma que não há nenhum projeto no alvo. "A determinação do conselho de administração é de que até 2015 tenhamos toda a energia que consumimos sendo gerada internamente", afirmou ele. "Essa redução de consumo pode ser obtida via melhoria contínua de processos internos, com a modernização de equipamentos que apresentam defasagem tecnológica e um mix de insumos energéticos como o gás natural que chegou recentemente a Ipatinga ou os gases resultantes da operação de alto-fornos em ciclo combinado com carvão em uma unidade de co-geração", completou o executivo.

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