quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Leilão de transmissão tem deságio de 43%, que vai se refletir em eletricidade mais barata


São Paulo - Sete dos oito lotes postos à venda pela Agência Nacional de Energia Elétrica  (Aneel) para obras de linhas de transmissão de energia foram arrematados hoje (9), em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa). O deságio médio foi de 43,67%. Neste terceiro e último leilão do ano, a taxa de deságio ficou acima da média registrada desde 2000. Isso fará com que a Receita Anual Permitida (RAP) - faturamento que a transmissora poderá obter com a prestação do serviço - caia de R$ 93 milhões para R$ 52,42 milhões.
O leilão foi considerado “bem-sucedido” pelo diretor da Aneel Edvaldo Alves de Santana. “Foi excelente, porque esse deságio significa que as tarifas vão ser menores e, também, vai aumentar a confiabilidade no sistema elétrico”.
As autorizações para implantar 555 quilômetros (km) de linhas de transmissão foram disputadas por 14 empresas e dez consórcios, entre os quais companhias brasileiras, espanholas, chinesas e portuguesas.
Orçadas em R$ 785,8 milhões, as obras de implantação de linhas de transmissão e subestações serão feitas em seis estados: Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará. Pelas estimativas da Aneel, deverão ser gerados mais de 4 mil empregos diretos.
Apenas um lote, o da Linha de Transmissão Xavantes-Pirineus, em Goiás, com 50 km de extensão, não teve interessados.
Os vencedores do leilão deverão apresentar os documentos de habilitação no dia 17 de dezembro e a oficialização dos negócios está marcada para 18 de janeiro de 2011. Pelos termos do acordo, o início das operações deve ocorrer até 24 meses após a assinatura do contrato. (Agência Brasil)
Aneel prevê novo leilão de transmissão até março
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) planeja realizar até março o primeiro leilão de linhas de transmissão de 2011. O foco da licitação serão os ativos de transmissão que farão a conexão ao sistema das usinas eólicas, a biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) contratadas nos últimos leilões de geração. "A chamada pública do leilão acabou esta semana e a licitação das ICG (conexão compartilhada) deve ocorrer até março próximo", afirmou  o diretor da Aneel, Edvaldo Santana, após a conclusão do terceiro leilão de transmissão de 2010, na sede da BM&FBovespa, em São Paulo.
De acordo com o executivo, a Aneel deve promover entre três e quatro leilões de transmissão em 2011. Além do ICG, a agência também deve realizar no próximo ano a licitação dos ativos de transmissão que escoarão a energia da hidrelétrica Belo Monte (11,2 mil MW), no Rio Xingu (PA). Santana, contudo, afirmou que ainda não há previsão de data para esses novos certames.
Hoje, o terceiro leilão de transmissão apresentou um deságio médio de 43,67%, com uma Receita Anual Permitida (RAP) total final de R$ 50,4 milhões. "Com isso, o deságio médio dos leilões desde 2000 é de 26,01%", afirmou o diretor da Aneel. Um destaque da licitação foi a conquista de um dos lotes, o A, por uma empresa chinesa, a Zhejiang Insigma, em parceria com a estatal gaúcha CEEE e a brasileira Procable. As espanholas Elecnor, Cobra Instalaciones Y Servicios e Abengoa arremataram a concessão dos lotes G, H e I, respectivamente. (Agencia Estado)