quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Por mais eficiência e menos impostos

Os impostos representam hoje aproximadamente 45% da conta de luz dos brasileiros 
A tarifa de energia do Brasil, conhecida por estar entre as mais caras do mundo, não tem muita saída. Com margens já apertadas e quase metade do valor abocanhado por tributos e encargos, é pela eficiência operacional e de gestão que a conta de luz tem alguma chance de redução, enquanto uma reforma tributária não vem. Segundo Cláudio Salles, do Instituto Acende Brasil, os impostos são hoje 45% da conta. 

O Brasil tem uma das tarifas de energia mais caras do mundo. Além de redução dos impostos, o que mais pode ser feito para reduzir isso?
O peso de encargos e tributos do setor de energia chega a 45% da conta de luz. Esse é um dos quatro grandes eixos que formam a conta. Além do impacto dos impostos, há ainda o custo da geração da energia, o custo da transmissão e o custo da distribuição.

É possível ganhar eficiência nesses eixos?
Já se avançou muito nisso. Antes, de cada R$ 100 ganhos pela distribuidora, R$ 45 eram gastos com a empresa. Hoje a média é de R$ 30, então houve um grande avanço no ganho de eficiência. O maior esforço a ser feito está mesmo na tributação. Não há nenhum lugar do mundo que tribute a energia elétrica mais do que a média do país.

Novas tecnologias, como a chamada smart grid (sistema que permite o controle da rede elétrica via internet), podem aumentar mais a eficiência e impactar nos custos?
O smart grid (do inglês “rede inteligente”) é uma tecnologia que junta uma série de dispositivos já existentes de telecomunicações e de TI. Mas o Brasil está apenas começando com isso. O primeiro passo, que é trocar os medidores mecânicos pormedidores digitais, só está sendo dado agora. Mas com certeza há grande espaço para crescer, o que com certeza aumenta a eficiência e ajuda a reduzir perda, como os “gatos”. (Brasil Econômico)
.
Leia também:
* EPE cadastra dez de hidrelétricas para o segundo Leilão A-5/2010
* Governo determina cadastramento de atingidos por barragens de usinas hidrelétricas * Projeto prorroga concessões do setor elétrico por 30 anos