segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Governo divulga licitação de linha de transmissão de energia de Itaipu para Assunção

Brasília – A primeira licitação para as obras de construção da linha de transmissão que levará energia da Usina Hidrelétrica de Itaipu a Assunção, no Paraguai, foi aberta hoje (25/10). Em 7 de dezembro ocorrerá a sessão pública de recebimento das propostas e documentação, na usina, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

As obras serão financiadas com o apoio do governo brasileiro e com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural e o Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem). Em abril, o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, anunciou que as obras da linha de transmissão custarão entre US$ 350 milhões e US$ 400 milhões.
Em julho, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo, do Paraguai, inauguraram o símbolo da construção da linha de transmissão de energia elétrica e da subestação conversora a serem conectadas à Itaipu Binacional. Na ocasião, foi reiterada a declaração conjunta Construindo uma Nova Etapa no Relacionamento Bilateral.

No Congresso Nacional brasileiro, está em discussão o texto do acordo firmado entre o Brasil e o Paraguai sobre a revisão do Tratado de Itaipu. A revisão do tratado determina o reajuste, de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões, da taxa anual de cessão paga ao Paraguai pela energia não usada da usina.

Atualmente, o Brasil paga US$ 43,8 pelo megawatt-hora de Itaipu, somados a US$ 3,17 pela cessão da energia que o Paraguai não utiliza. O valor da taxa de cessão será de US$ 9,51 quando o acordo for aprovado pelo Parlamento dos dois países.

Uma vez aprovado na Câmara, o acordo segue para o Senado onde será o repetido o trâmite inicial, que é a análise nas comissões específicas e depois o envio para discussão e votação no plenário. Ao ser aprovado pelas duas casas legislativas, o acordo é promulgado pelo presidente do Senado. (Agência Brasil)
.
Leia também:
* Setor elétrico foi o que mais recebeu recursos
* Expansão das fontes renováveis diminuirá uso de térmicas em mais de 9%, diz estudo