A Three Gorges, estatal geradora de energia elétrica da China, vai construir seu primeiro parque legitimamente eólico offhore - instalado em alto mar - no país e convidou a Eletrobras Furnas para o negócio. A companhia brasileira entraria com uma participação máxima de até 30% no empreendimento de 200MW de potência que será implantado na costa leste do país oriental.
A informação foi confirmada pela diretora de planejamento e novos negócios de Furnas, Olga Simbalista, que não se intimidou ao revelar que o projeto é visto como estratégico - à medida que pode colocar a empresa na vanguarda da tecnologia offshore no Brasil.
"Ninguém no Brasil sabe construir parque eólico no mar e os chineses estão começando a fazer isso por lá. Aprender como funciona essa tecnologia seria estratégico para nós. Evidentemente que também precisa ser um bom negócio do ponto de vista financeiro, até porque não vamos enterrar dinheiro brasileiro na China", diz Simbalista.
Segundo a diretora, a dificuldade está em traduzir a documentação enviada pelos parceiros ocidentais - que está toda em mandarim, língua local. "Vamos ter que mobilizar um batalhão de tradutores."
Também está em análise a parceria em outros dois parques comuns, em terra: um de 48,5MW e outro de 49MW. Eles estão localizados na fronteira da China, próximo ao Laos e ao Vietnã, no alto de montanhas. Simbalista destaca que as plantas estão praticamente licenciadas e com estudos seguros de vento. A próxima fase é realizar a aquisição dos terrenos, além de finalizar alguns testes sobre geologia do local.
A executiva de Furnas explica que essa aproximação partiu dos chineses, ainda em meados do ano passado. Decididos a entrar no mercado de energia renovável no Brasil, queriam uma empresa de governo para realizar essa parceria. Furnas, então, foi quem recebeu a delegação oriental.
Posteriormente, em setembro de 2011, ficou acordado que seria assinado um memorando de entendimento entre as partes. Esse documento permite que as empresas, em caráter reservado, tenham acesso a informações técnicas, econômicas e financeiras de projetos, tanto no Brasil, quanto na China e em outras partes do mundo. No início de fevereiro, Furnas esteve na China. Na ocasião foram apresentados os empreendimentos eólicos.
"Eles estão desenvolvendo esses projetos - que serão feitos com certeza. Agora, basta nós decidirmos se vamos participar. Mas isso é uma coisa que iremos definir nos próximos dias", finaliza Simbalista.
A entrada dos chineses no Brasil está caminhando a passos largos, a começar pelos primeiros passos da State Grid no País, que foram a aquisição de R$3 bilhões em empresas de transmissão. A Sinovel e a Three Gorges também são outras empresas de lá que, aos poucos, estão conquistando mercado no País.
Torres offshore em lagos - A diretora de planejamento e novos negócios de Furnas, Olga Simbalista, destaca ainda a possibilidade de se implantar torres eólicas offshore em grandes reservatórios de hidrelétricas no Brasil. De acordo com ela, do ponto de vista tecnológico, é algo muito mais simples que a instalação no mar.
"São locais que têm um fator de capacidade muito grande em termos de velocidade do vento. Cabe destacar que, em geral, os reservatórios grandes não têm montanhas em volta. O reservatório de Sobradinho, por exemplo, é um dos locais com melhor vento do Brasil", conta a diretora. "Isso não é novo, já é feito no Canadá e nos Estados Unidos."
Sobradinho, de 1.050MW de capacidade instalada, está localizada no rio São Francisco, no estado da Bahia. Segundo ela, estudos de medição já foram feitos, tendo sido identificado um grande potencial para esse tipo de tecnologia. “Furnas pretende fazer um estudo no lago de Furnas (1.216MW), em Minas Gerais”, aponta. (Jornal da Energia)
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A informação foi confirmada pela diretora de planejamento e novos negócios de Furnas, Olga Simbalista, que não se intimidou ao revelar que o projeto é visto como estratégico - à medida que pode colocar a empresa na vanguarda da tecnologia offshore no Brasil.
"Ninguém no Brasil sabe construir parque eólico no mar e os chineses estão começando a fazer isso por lá. Aprender como funciona essa tecnologia seria estratégico para nós. Evidentemente que também precisa ser um bom negócio do ponto de vista financeiro, até porque não vamos enterrar dinheiro brasileiro na China", diz Simbalista.
Segundo a diretora, a dificuldade está em traduzir a documentação enviada pelos parceiros ocidentais - que está toda em mandarim, língua local. "Vamos ter que mobilizar um batalhão de tradutores."
Também está em análise a parceria em outros dois parques comuns, em terra: um de 48,5MW e outro de 49MW. Eles estão localizados na fronteira da China, próximo ao Laos e ao Vietnã, no alto de montanhas. Simbalista destaca que as plantas estão praticamente licenciadas e com estudos seguros de vento. A próxima fase é realizar a aquisição dos terrenos, além de finalizar alguns testes sobre geologia do local.
A executiva de Furnas explica que essa aproximação partiu dos chineses, ainda em meados do ano passado. Decididos a entrar no mercado de energia renovável no Brasil, queriam uma empresa de governo para realizar essa parceria. Furnas, então, foi quem recebeu a delegação oriental.
Posteriormente, em setembro de 2011, ficou acordado que seria assinado um memorando de entendimento entre as partes. Esse documento permite que as empresas, em caráter reservado, tenham acesso a informações técnicas, econômicas e financeiras de projetos, tanto no Brasil, quanto na China e em outras partes do mundo. No início de fevereiro, Furnas esteve na China. Na ocasião foram apresentados os empreendimentos eólicos.
"Eles estão desenvolvendo esses projetos - que serão feitos com certeza. Agora, basta nós decidirmos se vamos participar. Mas isso é uma coisa que iremos definir nos próximos dias", finaliza Simbalista.
A entrada dos chineses no Brasil está caminhando a passos largos, a começar pelos primeiros passos da State Grid no País, que foram a aquisição de R$3 bilhões em empresas de transmissão. A Sinovel e a Three Gorges também são outras empresas de lá que, aos poucos, estão conquistando mercado no País.
Torres offshore em lagos - A diretora de planejamento e novos negócios de Furnas, Olga Simbalista, destaca ainda a possibilidade de se implantar torres eólicas offshore em grandes reservatórios de hidrelétricas no Brasil. De acordo com ela, do ponto de vista tecnológico, é algo muito mais simples que a instalação no mar.
"São locais que têm um fator de capacidade muito grande em termos de velocidade do vento. Cabe destacar que, em geral, os reservatórios grandes não têm montanhas em volta. O reservatório de Sobradinho, por exemplo, é um dos locais com melhor vento do Brasil", conta a diretora. "Isso não é novo, já é feito no Canadá e nos Estados Unidos."
Sobradinho, de 1.050MW de capacidade instalada, está localizada no rio São Francisco, no estado da Bahia. Segundo ela, estudos de medição já foram feitos, tendo sido identificado um grande potencial para esse tipo de tecnologia. “Furnas pretende fazer um estudo no lago de Furnas (1.216MW), em Minas Gerais”, aponta. (Jornal da Energia)
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