quinta-feira, 6 de maio de 2010

Brasil tem excedente de energia elétrica até 2014

O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, afirmou que o Brasil tem excedente de suprimento de energia elétrica até 2014, mesmo que a economia cresça 5% ao ano.

- A situação é muito tranquila e nós estamos agora fazendo as contratações e realizando os leilões para atender a demanda a partir de 2015. E é isto que nós estamos fazendo com os leilões que ocorrerão esse ano como Belo Monte, já licitado, e os que ainda o serão.

Na terça-feira (4), ele lembrou que no setor energético os investimentos têm longo tempo de maturação, o que obriga a pensar hoje o futuro do país.

Ele lembrou que Belo Monte será a terceira maior usina do mundo e a segunda maior do Brasil de uma fonte renovável, que não emite gás carbônico, principal causador do efeito estufa.

Por ser uma “energia barata e competitiva”, Tolmasquim acha que pode ajudar a baixar o preço da tarifa. A usina no rio Xingu (PA) tem capacidade estimada de produção de 11.200 megawatts (MW), o que representa 10% da capacidade energética do Brasil. Na época de seca, só 4.500 MW poderão ser gerados.

Produção energética
O Brasil vai investir R$ 951 bilhões em projetos de energia até 2019, mostra estudo divulgado ontem pela EPE. O grosso dos investimentos, que seria 70%, será concentrado no setor de petróleo e gás natural, segundo a relação de obras e projetos elaborado anualmente pela empresa.

Os investimentos em prospecção e extração permitirão duplicar a produção de petróleo, que passará dos atuais dois milhões de barris diários para cerca de cinco milhões no final da década.

No estudo foram incluídos R$ 85 bilhões pelas cinco refinarias que estão sendo construídas ou fazem parte dos projetos do ministério, entre elas a Abreu e Lima, em que a PDVSA (Petróleos de Venezuela) entrará como sócia.

Com estas fábricas, o governo espera transformar o Brasil em um exportador de diesel e outros derivados a partir de 2014. Até o final da década, a oferta de gás natural crescerá 67%, passando dos 49 milhões de metros cúbicos diários de 2010 para 116 milhões, segundo o estudo.

Somando a isso os cerca de 30 milhões de metros cúbicos que podem ser importados da Bolívia e os 21 milhões de gás natural liquidificado de outros provedores, o Brasil passará a contar em 2019 com um excedente de 15 milhões de metros cúbicos diários acima da capacidade máxima de suas centrais térmicas. (R7)

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