O segmento de eletricidade é dividido em três áreas: geração, distribuição e transmissão. O setor de geração é o que dá mais lucros para os investidores. E a distribuição é o que produz a menor margem de ganhos aos acionistas. “A decisão de onde aplicar os recursos depende do perfil do investidor”, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie). “Geração resulta em bons lucros, mas trata-se de um aporte de risco. A distribuição, apesar da margem pequena, é uma área muito segura e o lucro é garantido”, explica o especialista.
A diferença nos ganhos se justifica pelo fato de o setor da distribuição ser regulado e ter revisão e reajustes na tarifa feitos de acordo com cálculos pré definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por outro lado, os produtores de eletricidade decidem, de acordo com a lei do mercado de oferta e demanda, o preço que custará o seu megawatt-hora (MWh). Os lucros da transmissão, apesar de também ter sua tarifa regulada, são mais expressivos do que os da distribuição por não lidar com o consumidor final. Ou seja, as chances de inadimplência são menores.
“Além disso, transmissão e distribuição necessariamente precisam ter expressivos ganhos de escala, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste”, diz João Paulo Linhares Areosa, gerente do escritório do Rio de Janeiro da BDO Trevisan.
Foco em geração
Empresas como a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), recém-adquirida pela Camargo Corrêa, que atua em geração e em distribuição no interior de São Paulo, e a EDP Energias do Brasil, que também gera e distribui, por exemplo, já anunciaram que pretendem focar seus investimentos dos próximos anos em geração. “Distribuição tem uma margem muito pequena, por isso considero difícil fazermos novas aquisições nesta área”, disse António Pita de Abreu, presidente da Energias do Brasil em entrevista recente ao BRASIL ECONÔMICO.
A CPFL, por sua vez, prevê incluir ao seu parque gerador cerca de 240 megawatts (MW) de potência instalada, enquanto que não prevê crescer na distribuição.[Brasil Econômico]
A diferença nos ganhos se justifica pelo fato de o setor da distribuição ser regulado e ter revisão e reajustes na tarifa feitos de acordo com cálculos pré definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por outro lado, os produtores de eletricidade decidem, de acordo com a lei do mercado de oferta e demanda, o preço que custará o seu megawatt-hora (MWh). Os lucros da transmissão, apesar de também ter sua tarifa regulada, são mais expressivos do que os da distribuição por não lidar com o consumidor final. Ou seja, as chances de inadimplência são menores.
“Além disso, transmissão e distribuição necessariamente precisam ter expressivos ganhos de escala, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste”, diz João Paulo Linhares Areosa, gerente do escritório do Rio de Janeiro da BDO Trevisan.
Foco em geração
Empresas como a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), recém-adquirida pela Camargo Corrêa, que atua em geração e em distribuição no interior de São Paulo, e a EDP Energias do Brasil, que também gera e distribui, por exemplo, já anunciaram que pretendem focar seus investimentos dos próximos anos em geração. “Distribuição tem uma margem muito pequena, por isso considero difícil fazermos novas aquisições nesta área”, disse António Pita de Abreu, presidente da Energias do Brasil em entrevista recente ao BRASIL ECONÔMICO.
A CPFL, por sua vez, prevê incluir ao seu parque gerador cerca de 240 megawatts (MW) de potência instalada, enquanto que não prevê crescer na distribuição.[Brasil Econômico]