sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Zimmermann contesta TCU e afirma que tarifa de energia dobraria sem a MP 579

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, rebateu ontem os cálculos que constam do relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo o qual a medida provisória (MP) 579/2012 teve um impacto negativo de R$ 61bilhões sobre a Conta de Desenvolvimento Energético. Segundo Zimmermann, o consumidor teria pago até 100% a mais do que vem desembolsando se o governo não tivesse editado a MP. 

Ele defendeu a renovação antecipada das concessões, argumentando que, se não tivesse sido realizada, a exposição involuntária das distribuidoras teria aumentado de 4 mil megawatts médios para 14 mil megawatts médios. "Na verdade a MP 579 ajudou, diminuiu em vez de ter aumentado o gasto que seria impelido ao consumidor brasileiro se não tivéssemos a 579", rebateu Zimmermann.

"O ano seco teria mudando sem a MP579? A geração térmica não seria a mesma com ou sem a MP 579? Não. O nível de exposição é que é o diferencial", argumentou, acrescentando que o ministério ainda não recebeu o relatório elaborado pelo TCU, mas que "é fácil de provar" que a medida foi benéfica para o consumidor. 

O secretário-executivo do MME confirmou que o governo realizará um leilão A-1 e que a modelagem será feita até o início de dezembro. "Estamos nos reunindo com a Aneel e a EPE e formatando esse leilão, porque ele tem um desafio. Na verdade, tem 4 mil MW médios que vão entrar no sistema de cotas no ano que vem, boa parte em julho. 

Tenho que adequar as regras desse leilão a essa energia", explicou Zimmermann, anunciando todo o setor elétrico trabalhará em regime de plantão a partir das 17h de sábado para garantir o abastecimento durante a eleição . (Brasil Econômico)
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