Apesar das chuvas que caem em várias regiões, o Operador Nacional do Sistema Elétrico alerta para a situação crítica dos reservatórios, responsáveis pela produção da maior parte de energia do país.
Genival cria peixes no Lago de Itumbiara, em Goiás. Mas os viveiros tiveram que mudar de lugar: estão a um quilômetro do ponto original, onde ainda tem água.
“Já aconteceu dos peixes ficarem de fora e morrerem tudo de uma vez já”, disse Genival dos Santos, criador de peixes.
O reservatório de Itumbiara é um dos maiores e mais importantes para a geração de energia do país. Está apenas com 18% da capacidade de armazenar água. Bem menos da metade do que foi registrado neste mesmo período no ano passado. Em épocas de grande cheia, a água cobre tudo.
Itumbiara e as demais hidrelétricas das regiões Centro-Oeste e Sudeste são responsáveis por 70% da produção de energia. Em todas, o baixo nível dos reservatórios se repete. Na divisa entre Minas e São Paulo, a usina de água vermelha está com pouco mais de 20% e a de Marimbondo não chega a 16%. Entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, o lago da usina de Ilha Solteira praticamente secou.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a seca severa forçou o acionamento de todas as usinas térmicas sem interrupção. O especialista Cláudio Sales diz que a situação só não é pior porque a produção industrial não cresceu e não houve pressão por mais energia. O que vai acontecer no ano que vem depende das chuvas de verão
“Seria muito desejável que estivéssemos numa situação melhor do que essa. Seguramente vamos continuar operando as usinas termelétricas no pleno da sua capacidade para economizar o maior volume de água possível”, afirmou o presidente do Instituto Acende Brasil.
Genival não perde a fé. “Se Deus quiser, pedindo a Deus que chova, para nós continuarmos aqui”, diz. (Globo.com)
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