sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Governo amplia limite de dívidas de estatais do sistema elétrico estadual

O governo decidiu nesta quinta-feira (31) ampliar em até R$ 300 milhões o limite de endividamento de empresas estatais estaduais do setor elétrico. A medida beneficiará apenas essas empresas do setor público que queiram tomar crédito para investimento - no jargão econômico, que queiram fazer despesas de capital.

O limite a mais de crédito não poderá cobrir, por exemplo, os rombos de caixa dessas empresas - como o custo extra de energia de termelétricas ou de energia no mercado de curto prazo, que é o caso da atual crise de caixa do setor.

O limite de endividamento era de R$ 2,2 bilhões, e agora passou para R$ 2,5 bilhões.

A decisão foi tomada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), instância composta pelos ministros da Fazenda, Planejamento e pelo presidente do Banco Central.

Segundo o governo, a medida visa facilitar o financiamento dos investimentos para garantir a segurança do suprimento de energia e a modicidade tarifária.

PSI - O CMN autorizou também nesta quinta-feira a alocação de mais R$ 30 bilhões dentro do PSI (Programa de Sustentação dos Investimentos). Esse valor já havia sido aprovado pelo Congresso, afirmou o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabelo. O recurso total do PSI agora é de R$ 402 bilhões.

O programa, de financiamento com juros subsidiados pelo Tesouro Nacional, foi mantido pelo governo como parte do esforço de levantar a produção industrial. Segundo Rabelo, a decisão faz parte de esforço para estimular os investimentos e o nível de atividade da economia, e vai na mesma direção da liberação de R$ 45 bilhões dos depósitos compulsórios dos bancos, para que essas instituições emprestem mais.

O CMN definiu como será a alocação desses recursos extras do PSI (Programa de Sustentação do Investimento). O setor mais beneficiado será o de ônibus e caminhões, que terá acesso a R$ 11 bilhões. Em seguida, o de bens de capital, com R$ 4,6 bilhões. (Folha de S. Paulo)
Leia também:
Distribuidoras correm risco de não honrar dívidas
Crise de energia custará R$ 66 bi este ano, diz JP Morgan
Dilma se compara a FHC e diz que fez ´dever de casa´ no setor de energia
Campanha pede ampliação do mercado livre de energia para consumidores residenciais