Especialistas já calculam quanto vai custar para o consumidor o novo socorro ao setor de energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica já anunciou que o aumento vem na conta do ano que vem. A conta vai chegar para o contribuinte com aumento de tarifa. Especialistas já falam em reajuste de até 25% no ano que vem. Este ano, é a segunda vez que o governo presta socorro ao setor elétrico que acumula um prejuízo de R$ 22 bilhões nos cinco primeiros meses do ano.
Vai ser a segunda vez, este ano, que o governo irá socorrer as distribuidoras de energia que vem acumulando dívidas. Em abril, elas receberam R$ 11 bilhões em empréstimos. O dinheiro, que seria para o ano todo já acabou. Refeitas as contas, as empresas vão precisar de mais R$ 6,5 bilhões.
As distribuidoras comemoraram. Dizem que agora as contas devem fechar. Mas, isso se São Pedro ajudar e o preço da energia no mercado de curto prazo cair. "É provável que seja suficiente até o final do ano. Agora, se os valores no mercado de curto prazo ficarem muito elevados, aí pode ser que não seja o suficiente", afirma Nelson Leite, presidente da Abradee.
Os reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país continuam em baixa por causa da escassez de chuva. As distribuidoras têm comprado energia bem mais cara, no chamado mercado de curto prazo, e ainda não puderam repassar esse gasto extra ao consumidor. Mas, essa conta vai chegar. "A distribuidora tem o direito a repassar para o consumidor. A partir do ano que vem este valor será refletido na tarifa", diz Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel.
A Agência Nacional de Energia Elétrica diz que ainda não dá para saber qual vai ser o aumento médio nas tarifas, porque isso depende de vários fatores. Principalmente, do custo da energiaque disparou no começo do ano, mas que pode cair se passar a chover mais e, se o consumo, que diminuiu um pouco em junho e julho, continuar em queda no segundo semestre. Mas, especialistas do setor já fazem estimativas e dizem que essa conta deve ficar salgada.
O consultor Fábio Cuberos fez os cálculos analisando as medidas anunciadas pelo governo para o setor, desde o começo de 2013. "No total já contando com outros empréstimos que foram tomados nesse ano e tudo mais, no ano que vem devemos ter um reajuste na ordem de 24%, 25%", prevê Fábio Cuberos, gerente de regulação-Safira Energia.
Além do consórcio de bancos que participou da primeira ajuda ao setor, em abril, o BNDES também deverá emprestar dinheiro para as distribuidoras de energia. (Bom Dia Brasil - Rede Globo)
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