sexta-feira, 30 de maio de 2014

Governo deve contratar 1GW solar no leilão de reserva

O mercado de energia estima que o governo deve contratar pelo menos 1GW em usinas fotovoltaicas no próximo leilão de reserva. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Viana, o número chama atenção em potência; em energia firme, porém, por causa do baixo fator de capacidade da fonte, representa apenas 200MW médios.

Viana pondera que o sucesso da fonte , obviamente, vai depender do preço-teto a ser estabelecido pelo governo. De acordo com Viana – que esteve presente nesta quinta-feira (29/05) no 6º Encontro Nacional de Investidores em Pequenas Centrais Hidrelétricas -, o mercado comenta que R$240,00/MWh seria um preço razoável para viabilizar alguns projetos solares.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, já avisou que o certame será histórico, pois marcará a entrada da fonte na matriz brasileira. "Tivemos reuniões com vários agentes para modelar o leilão. Também tive uma reunião com a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutir formas de financiamento (para fonte solar)", informou o executivo, em entrevista no dia 19 de maio.

Na segunda-feira (26/05), o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Altino Ventura, disse que a premissa do governo é desenvolver a indústria fotovoltaica sem subsídios. A ideia se baseia em trazer a indústria internacional e, numa etapa seguinte, nacionalizá-la.

Ainda de acordo com informações do presidente da EPE, a estruturação do LER está em fase final, com expectativa se ser realizado em setembro. Além da fonte solar (térmica e fotovoltaica), haverá outros dois produtos distintos: eólico e de resíduos sólidos. Quem vender no Leilão de Energia de Reserva (LER) terá que entregar energia a partir de setembro de 2017.

EPE revisa para cima projeção de consumo de energia para 2014
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revisou a projeção do consumo de energia elétrica para 2014, após o fechamento do primeiro trimestre, elevando para 4% a expectativa do aumento do consumo no país. Em relação à projeção anterior houve um ajuste da ordem de 0,1%. A revisão foi divulgada nesta quinta-feira (30/05).

O destaque ficou para os setores comercial e residencial, que continuarão puxando o consumo este ano, com alta de 6% e 6,2%, respectivamente, enquanto o setor industrial teve seu consumo reduzido em 2,8% na nova projeção, passando a representar alta de 1,3% em relação ao ano anterior.O total de energia que deverá ser consumida este ano soma 482.081 Gigawatts, contra 481.385 Gigawatts em 2013.

Já no mês de abril, o consumo nacional de energia elétrica alcançou 39.472 GW, alta de 2,1% em relação a abril de 2013. Novamente o impulso do consumo foi dado pelos setores comercial (+7,6%) e residencial (+4,6%). Já o setor industrial teve queda de 2,8%, refletindo a baixa produção dos setores eletrointensivos e menor número de dias úteis em abril deste ano em relação ao ano passado. Em linha com este quadro, o consumo do mercado livre de energia elétrica caiu 4,2% em abril. (Jornal da Energia)
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