terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Percentual de renováveis na matriz global pode chegar a 36% em 2030

O percentual de fontes renováveis na matriz global deverá ultrapassar a barreira de 30% em 2030, sem custos adicionais, informou a Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês), no relatório "REmap 2030" lançado nesta segunda-feira (20/01). O estudo aponta as estratégias a serem adotadas para dobrar a fatia de renováveis, baseadas nas tecnologias existentes atualmente. O aumento da eficiência e a democratização do acesso à energia podem fazer com que essa participação chegue a 36%.

Por trás da mudança para renováveis existe um case econômico muito forte. Quando considerada a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, impactos para a saúde e criação de empregos, a transição se paga", disse Adnan A. Amin, diretor-geral da Irena.

"Mais fontes renováveis proporcionam mais flexibilidade, crescimento da independência energéticas e maior resiliência ao sistema", completou.

A implantação de tecnologias modernas para produção de energia limpa precisam crescer mais de três vezes, aponta o estudo. Segundo a Irena, uma reavaliação sobre os impostos e subsídios são fundamentais para esse crescimento. A redução dos incentivos para fósseis também devem auxiliar esse crescimento. Os incentivos para renováveis podem até serem limados, desde que as emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes atinjam patamares razoáveis.

"Muitos governos estão entendendo o potencial das fontes renováveis e estão planejando essa transição energética. Para atingir o objetivo de dobrar a participação na matriz, são necessários esforços adicionais em setores como construção civil, indústria e transportes", disse Dolf Gielen, diretor de Inovação e Tecnologia da Irena. "Nós identificamos cinco pontos elementares para a transição: Planejamento realístico, porém ambicioso, criação de um ambiente de negócios favoráveis, gerenciamento do conhecimento tecnológico e de seu desenvolvimento e integração com a infraestrutura existente. (Jornal da Energia)
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