terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Investimentos em energia limpa caem 12% em 2013

Os investimentos em energias renováveis no ano passado caíram 12% em relação a 2012. No período analisado, foram destinados 254 bilhões de dólares para a geração, transmissão e distribuição de eletricidade limpa, valor bem abaixo dos 318 bilhões de dólares registrados em 2012. Segundo os dados apurados pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF), muitos dos países que bateram recordes de geração de energia renovável no ano passado, também diminuíram bruscamente seus recursos financeiros na área.

De acordo com a agência internacional, os investimentos de energia renovável nos países da Europa em 2013 chegaram à marca de 57,8 bilhões de dólares, contra a verba de 97,8 bilhões direcionados à mesma área no ano retrasado. A China reduziu seus investimentos em energia limpa pela primeira vez nos últimos dez anos, direcionando 3,8% a menos de recursos do que em 2012, totalizando uma verba de 61,3 bilhões.

Segundo Michael Liebreich, presidente do conselho consultivo da BNEF, os investimentos em energia renovável caíram em 2013 devido aos avanços tecnológicos no setor, que colaboraram para a redução dos custos de energia limpa. Prova disso são os preços de equipamentos de geração (como painéis e turbinas eólicas), que vêm abaixando nos últimos anos.

Mesmo com a menor verba destinada às energias renováveis, especialistas apontam boas expectativas para o setor. A previsão é que os investimentos anuais nestes recursos dobrem para 500 bilhões de dólares até 2020, e alcancem um trilhão de dólares até 2030.

Junto com a redução dos preços do setor de renováveis, também é preciso considerar que, no ano passado, alguns dos países analisados pelo documento bateram recorde histórico nos investimentos. Remando contra a maré, o Japão foi o único da lista a aumentar consideravelmente seus investimentos.

Em 2013, o país investiu 35,4 bilhões de dólares, verba 55% maior do que a destinada em 2012. Isso é explicado pelo desligamento de reatores nucleares, que culminaram no aumento da energia solar no país. (O Progresso –MS)
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