O consumo de energia elétrica em agosto subiu 4,1%, na comparação com agosto clo ano passado, para 38.686 gigawatts-hora (GWh). Os dados constam da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O destaque do mês passado, segundo a EPE, ficou por conta do consumo industrial de energia, que subiu 1,6% em relação a agosto de 2012, para 15.883 GWh. Apesar de não ter sido o principal motor do crescimento — a indústria na verdade teve o menor avanço entre as quatro classes de consumo frente a agosto de 2012 — a alta da demanda da indústria por energia merece destaque, uma vez que o setor é, desde o ano passado, o principal responsável pela tímida elevação no consumo de energia.
A indústria é também o setor que individualmente mais consome energia no país. Merece destaque o aumento de 0,6% no consumo industrial frente a julho, no segundo mês seguido de alta da demanda industrial por energia elétrica nessa base de comparação.
A EPE destacou ainda que o consumo residencial subiu 7% frente a agosto de 2012, para 10.291 GWh, enquanto o comércio avançou 4,7%, para 6.597 GWh. Segundo a EPE, o consumo residencial foi impulsionado pelas regiões Sul e Nordeste, que apresentaram altas de 10,2% e 9,9%, respectivamente, frente a agosto de 2012.
O setor comercial, porém, apresenta desaceleração na demanda por energia. Segundo a EPE, o crescimento do consumo cle energia do setor comercial no acumulado do ano até agosto, de 5,5%, é inferior ao percentual de aumento do consumo de energia do segmento nos últimos 12 meses, de 6,7%. A desaceleração do consumo de energia, diz a EPE, reflete a redução no ritmo de expansão da atividade do setor.
"A elevação dos juros e a inflação observada no setor de serviços parecem contribuir para mudança no comportamento do consumidor, influindo negativa-mente na atividade do comércio e serviços", informou a EPE, em resenha mensal do mercado de energia elétrica.
A EPE lembrou a queda de 28,3% do número de postos de trabalho gerados no setor comercial de janeiro a agosto deste ano. "Na mesma linha, o índice de Confiança do Consumidor, embora tenha aumentado entre julho e agosto, ainda se situa em um patamar baixo, se comparado ao comportamento histórico", destacou a estatal de estudos energéticos. (Valor Econômico)
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