O BNDES projeta desembolsos de R$ 19,24 bilhões para o setor elétrico em 2013, revelou ontem a chefe do Departamento de Energia Elétrica do banco, Mareia Leal. "Até o momento, já liberamos em tomo de R$ 11 bilhões", explicou a executiva, que participou do Energy Sum~ mit. Boa parte dos recursos financiará com projetos de novas hidrelétricas e usinas eólicas.
O valor para 2013 é inferior ao de 2012, que foi de R$ 37,48 bilhões. Contudo, o volume liberado no ano passado não serve de comparação porque inclui o financiamento da hidrelétrica Belo Monte (PA). Em 2011, o BNDES emprestou R$ 10,50 bilhões para projetos de geração, transmissão e de distribuição.
Segundo Mareia, o BNDES já concedeu financiamentos no valor de R$ 121,7 bilhões entre 2003 e 2012 para 535 projetos do setor elétrico, sendo 353 empreendimentos de geração, 86 de transmissão, 77 de distribuição e 19 projetos de eficiência energética. Esses 535 projetos representaram investimentos totais de R$ 204,7 bilhões.
O banco estuda melhorar as condições de financiamento para os projetos de transmissão de energia. "Isso ainda não foi decidido. Se houveralguma mudança, iremos anunciar antes do próximo leilão." A próxima licitação de transmissão está marcada para novembro.
A possível alteração nas condições de financiamento para transmissão faz parte de uma estratégia do banco de revisar as suas políticas para o setor elétrico. No fim de agosto passado, o BNDES alterou as condições para o segmento de geração, elevando os prazo de amortização (de 16 anos a 20 anos), fixando a remuneração do banco em 0,9% e reduzindo o índice de cobertura do serviço da dívida de 1,3 vez para 1,2 vez.
Comparativamente, o setor de transmissão conta com prazo de amortização de 14 anos, uma participação dos itens fi-nanciáveis de 70%, TJLP e índice de cobertura do serviço da dívida de 1,3 vez. "Do mesmo modo que alteramos as condições de geração para este último leilão (5 de agosto), faremos um alinhamento da mesma natureza para transmissão", afirmou Mareia, sem detalhar quais as mudanças. (O Estado de S. Paulo - 14/09)
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