quarta-feira, 22 de maio de 2013

Térmicas devem permanecer ligadas por prudência, diz EPE

Novos desligamentos de usinas termelétricas não devem ocorrer em junho, afirmou o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, nesta terça-feira (21), acrescentando que considera prudente manter as plantas ligadas. "Não há elementos que indiquem desligamentos", disse ele a jornalistas após participar de um evento. 


No início de maio, o governo autorizou o desligamento de quatro térmicas, diante da melhora da situação dos reservatórios das hidrelétricas. Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, não descartou que outras térmicas mais caras possam ser desligadas em junho. 

A manutenção da geração termelétrica atual será avaliada na próxima reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), marcada para início do mês que vem. 

"Hoje, eu não vejo (o governo) desligando... Acho que a gente tem que manter as térmicas ligadas mais um tempo por questão de prudência", disse Tolmasquim ao acrescentar que não existe risco ao suprimento de energia por causa da prudência. 

Praticamente toda a capacidade de geração termelétrica do país foi acionada em outubro do ano passado, e ficou ligada durante todo o período úmido, já que o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas era o pior da década. 

Chuvas - Na segunda-feira, o presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema), Hermes Chipp, afirmou que as chuvas em maio ficaram abaixo do esperado. Ele disse, no entanto, esperar que a situação melhore em junho. 

"Maio não está muito bem, está abaixo da média e espero que os meteorologistas estejam certos, porque dizem que em junho melhora", disse após uma aula inaugural na UFRJ/Coppe. 

Em pleno período seco desde abril, os reservatórios das usinas hidrelétricas continuam abaixo da média de 2011. A tendência, segundo Chipp, é que as usinas térmicas, que aumentam o custo das tarifas elétricas, continuem operando para dar segurança ao sistema. 

No domingo, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estavam 62,2% cheios, os do Sul, 54,3%; e os do Norte, 95,9%. 

O Nordeste tem a situação mais preocupante, já que na região os reservatórios estão operando com menos da metade --apenas 49,1% cheios. (Reuters)

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