terça-feira, 19 de março de 2013

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Taesa, CPFL/Equatorial e Renova Energia

Taesa liquida antecipadamente R$ 278,1 milhões em dívidas 
A Taesa informou que na última sexta-feira, 15 de março, liquidou antecipadamente contratos de financiamento firmados entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e suas antigas subsidiárias NTE, STE e ATE - incorporadas na companhia em 31 de janeiro de 2013 -, bem como o contrato de financiamento firmado com o sindicato constituído pelos bancos Santander, Citibank e BNP Paribas. O montante total das dívidas liquidadas foi de R$ 278,1 milhões, divididos em R$ 74,7 milhões na NTE; R$ 51,7 milhões na STE; R$ 138,1 milhões na ATE; e R$ 13,6 milhões na Taesa.O objetivo da operação, de acordo com a companhia, é reduzir o custo da dívida e obter mais flexibilidade financeira. Dessa forma, a companhia reafirma seu compromisso de gerar valor para os seus acionistas através da otimização de sua estrutura de capital. (Canal Energia) 

CPFL e Equatorial terão que investir R$1,8 bilhão para saldar dívidas do Rede 
O Plano de Recuperação Judicial da Rede Energia prevê que a CPFL e a Equatorial desembolsem R$1,8 bilhão para saldar as dívidas da holding com seus credores. O plano foi protocolado na última sexta-feira (15/03) na 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Foro Central da Comarca de SPo e publicado na segunda-feira (18/03) no site da CVM. Segundo o documento, esse é o valor teto previsto para ser desembolsado pelas duas empresas, que anunciaram, na segunda quinzena de dezembro, a aquisição da Rede Energia pelo valor simbólico de R$ 1 mais as dívidas. "O objetivo do Plano é permitir ao Grupo Rede superar sua crise econômico-financeira, levantar a intervenção nas Concessionárias Rede e atender aos interesses e preservar os direitos dos Credores, estabelecendo a fonte de recursos, condições e cronogramas de pagamentos, de forma a viabilizar a manutenção das atividades relativas à distribuição, comercialização e geração de energia, preservando as concessões outorgadas às Concessionárias Rede e o pleno atendimento aos serviços públicos à população das respectivas áreas de concessão", explica. Todas as disposições do plano de recuperação, explica o documento, deverão passar pelo crivo da Aneel, sendo que alguns detalhes poderão ser adaptados para atender as exigências do órgão regulador. O plano também deve ter o aval do Cade. Além disso, ele deverá ser aprovado pelo credores, em assembleia. (Jornal da Energia) 

Renova: Prejuízo líquido cai 50% em 2012 
A Renova Energia encerrou 2012 com redução de 50% no prejuízo líquido, com R$6 milhões no ano passado, frente aos R$12 milhões negativos registrados no ano anterior. Na comparação trimestral, no entanto, o prejuízo líquido da empresa cresceu 55,3%, indo de R$ 11,8 milhões no quarto trimestre de 2011 para R$18,3 milhões no quarto trimestre do ano passado. A receita operacional líquida da companhia no quarto trimestre de 2012 registrou R$40,6 milhões, um crescimento de 328,3% na comparação com o quarto trimestre de 2011, quando reportou R$9,4 milhões. No consolidado, o aumento foi de 216,4% em 2012, com receita operacional líquida de R$115,6 milhões.Segundo a Renova o resultado se deve, principalmente, à entrega do complexo eólico de Alto Sertão I, na Bahia que permitiu o início de faturamento nos termos dos Contratos de Energia de Reserva (CERs). Dessa forma, a empresa totalizou volume de 780,6MWh de energia vendida em 2012, significando um aumento de 247,9% comparado ao montante vendido no ano anterior (224,4MWh). A entrada em operação de Alto Sertão I adicionou 294,4 MW ao portfólio operacional da companhia, totalizando 336,2 MW, aumento de 704% quando comparados aos 41,8 MW de 2011. Assim, a Renova passou a ter 28% do montante de energia contratada em operação, dos quais 88% são parques eólicos. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apurado pela companhia em 2012 foi de R$57,8 mil, frente ao resultado negativo de R$6,2 mil em 2011. A energia eólica representou 89% do indicador. Para Mathias Becker, diretor-presidente da Renova, os resultados obtidos no período demonstram o acerto na estratégia do plano de negócios da empresa. "O ano de 2012 foi o mais relevante da nossa história". (Jornal da Energia)


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