sexta-feira, 1 de março de 2013

Geradoras vão pedir ajuda de‘apenas’ R$ 600 milhões

Apesar do rombo nas contas das geradoras de energia em janeiro ter sido de cerca de R$ 4 bilhões, as empresas vão pedir ao governo uma ajuda de "apenas" R$ 600 milhões. Isso porque os R$ 3,4 bilhões restantes dessa contabilidade se referem a receitas frustradas e não exatamente desembolsos que as companhias terão de fazer. 

As empresas de geração se preparam para tentar convencer os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia a liberarem uma ajuda do Tesouro para fazer frente às perdas registradas no início do ano por conta da diferença entre a energia necessária para honrar os contratos com as distribuidoras e a quantidade efetivamente gerada. 

A diferença entre a energia solicitada pelas geradoras no sistema e o montante gerado pelas usinas foi de 26% em janeiro, muito maior que a média para o período, mesmo considerando a falta de chuvas normal durante 0 verão. Essa falta de energia obrigou as empresas a comprarem eletricidade no mercado à vista a preços muito elevados, gerando o rombo de R$ 4 bilhões. 

"Mas a maior parte desse prejuízo na verdade foi uma quebra de expectativa de receitas", explicou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Vianna. 

Por isso, 0 setor só pedirá ajuda ao Tesouro para cobrir o prejuízo efetivamente realizado, ainda que o valor restante também tenha impacto na contabilidade das companhias, uma vez que essas receitas não realizadas já estavam computadas como previsão em seus orçamentos para este ano. (O Estado de S. Paulo)

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