quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Aneel nega risco de apagão na Copa, mas reconhece atrasos

BRASÍLIA O governo negou ontem qualquer risco de falhas no fornecimento de energia elétrica durante a Copa do Mundo em 2014. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, o Brasil já poderia promover hoje os jogos sem qualquer problema. Foram reconhecidos, porém, atrasos no ritmo das obras exigidas pela Fifa para reforço nos sistemas de distribuição das cidades-sede. 


Segundo relatório de dezembro do grupo de trabalho do setor elétrico para a Copa, "a maioria desses atrasos não oferece risco iminente ao abastecimento de energia". Mas indica a possibilidade de as concessionárias compensarem esses atrasos com a urgente aceleração do ritmo de implementação das redes e subestações de distribuição. Hubner disse que as distribuidoras já têm sido cobradas. 

No rio, duas obras atrasadas 
Após reportagem da "Folha de S.Paulo" apontando o risco de apagão na Copa, o Ministério de Minas e Energia afirmou ontem em nota que, "com absoluta segurança, que não há risco de desabastecimento". Segundo a Aneel, as obras de distribuição para a Copa em atraso em dezembro (92 dos 163 empreendimentos previstos) "são de baixa complexidade e permitem sua implantação em prazos muito curtos". 

- Há risco de se morrer no trânsito, no mar, e asseguro que o governo está trabalhando para reduzir não só esses riscos (de falta de energia), mas todos - disse o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. 

Conforme O GLOBO mostrou na semana passada, não são apenas as obras para a Copa que estão atrasadas no setor de energia. Segundo ata da reunião de novembro do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), mais da metade das obras de energia elétrica no país estão fora do prazo. 

No Rio, o relatório da Aneel sobre a Copa mostrou que, no terceiro trimestre de 2012, havia atrasos em cinco das 12 obras prioritárias. Segundo a Light, porém, este mês são apenas duas. ( O Globo)

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